quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

RESOPOSTA DO GENERAL TORRES A MIRIAN LEITÃO II

RESOPOSTA DO GENERAL TORRES A MIRIAN LEITÃO II
É muito difícil tecer comentários fidedignos quando não vivenciamos os fatos. Porém, como cidadão, acho oportuno manifestar meu ponto de vista, já que não concordo com a totalidade da resposta. O General Torres deve estar coberto de razão ao sentir que a própria reputação militar fora colocada em xeque. Sua atitude defensiva, contudo, embora pautada em seus conhecimentos, sejam eles passados ou contemporâneos, é inerente ao ser humano e, como tal, sujeita a equívocos.
Dizer que " Não houve no passado, nem há, nos dias de hoje, nenhum militar metido em roubo, compra de voto, CPI, dólar em cueca, mensalões ou mensalinhos" é não aceitar a realidade dos fatos. Com freqüência, os jornais noticiam flagrantes de militares metidos em crimes diversos, com imagens e áudio para não haver contestações. Imagine a quantidade de delitos não registrados e que, com isso, permanecem no anonimato.
Quem, como eu, tem mais de 50 anos de idade, sabe muito bem que a maioria dos militares é composta por cidadãos honestos, mas também sabe que há aqueles que desonram a Constituição. Quem tem a minha idade já sentiu na própria pele, ou já presenciou atitudes criminosas e vergonhosas praticadas por militares. Embora eu jamais tenha passagem pela polícia, já fui vitima de agressão (bofetada e chute) policial, unicamente por estar num bar situado em região periférica ou numa festa carnavalesca; pelo mesmo motivo, já fui abordado e revistado com truculência por policiais despreparados. Some-se a isso as vezes em que fui extorquido para ser liberado no trânsito por hipotéticas falhas no meu veículo. Quanto aos militares infiltrados na política, cujas respectivas condutas contradizem o General Torres, de acordo com noticiários recentes, meu senso de auto-preservação (ou covardia, como queiram) me facultam o direito de não mencionar nomes.
Em resumo, a admirável Miriam Leitão teve sim suas razões e, como ser humano, ela também tem o direito de cometer eventuais equívocos, o que acredito não ter ocorrido neste assunto em pauta. Autor: Geraldo Matias Filho. 21/01/2010.

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