O PACIENTE MELHOROU DEMAIS
É conhecida a anedota do psiquiatra uruguaio que telefona um colega de clinica querendo trocar idéias sobre certo diagnostico que estava prestes a dar. Tratava se de um caso raríssimo, e ele queria ouvir a opinião do outro. Quando revelou que seu paciente sofria de complexo de inferioridade o colega se surpreendeu: “y eso os nu caso muy raro? Complejo de inferioridad? Tengo miles de casos así!” . E o primeiro: “De argentino?” .
Lembre-me dessa anedota ao examinar a conduta do presidente Lula ao longo do exercício de seus dois mandatos. O homem que colocou a faixa no peito em 2003 era um caboclo meio consumido pelas próprias origens, ainda muito próximos delas, inseguro nas aparições oficiais, manifestando ancestral apego a pinga, buchada de bode e outra simplicidade da cozinha nordestina. O novo presidente aparecia em publico com gestos contidos e linguajar inadaptado aos usos e costumes da vida presidencial. A toda hora fazia referencias a sua condição operaria e sertaneja, como que a um alto dia gnóstico sobre aquela relação meio trôpega com a liturgia do cargo.
Sete anos depois, o portador de complexo de inferioridade, que não cansava de exibir como gente do povão, alma de corintiano, mão de torneiro mecânica, filho de mãe “que não sabia fazer um ‘o’ com um copo”, etc. e tal, se apresenta totalmente curado do complexo de inferioridade e precisa, urgentemente, tratar de uma injustificável complexo de superioridade. Melhorou demais. Virou o fio. Esta se achando, para dizer como a gurizada.
Só abre a boca para coisas pretensiosas com emitir lições de sabedoria, exibir com sendo sua granja colheita que não semeou; comparar se a Jesus Cristo e determinar os limites para as ações da imprensa e das instituições da Republica. A buchada de bode e seus assemelhados foram substituídos, ate em viagem aos polígonos das secas, pela cozinha francesa, vinhos finos uísques de nobre estirpe e provecta idade. Nada e caro de demais ou sofisticado demais, nada é merecedor de suficiente respeito ou demarcador de quaisquer limites ao seu querer. Obama, em Londres, se hospeda na embaixada dos Estados Unidos. Lula vai com a corte, armas e bagagens para um hotel onde a suíte fica em 7,5 mil euros. E é assim, e é sempre a assim. Vai esticando ao Maximo a misericórdia divina , a pesar de sua sabedora ais ser uma fraude que não resiste ao menor escrutínio e do imenso contraste que sua jactância estabelece com os pobres que diz representar e cujos interesses apregoa defender.
A popularidade lhe subiu a cabeça como vapores alcoólicos. Esta inebliado. Ergue se vários degraus acima da lei. Sua auto-estemas não cabem nas bordas constitucionais do cargo que ocupa. Mas nada disso e tão danoso quanto o fato de nosso presidente, essa fase megalômana, estar consumindo recursos públicos em prodigalidades de um sheik das arábias. E bebeu popularidade na vertente estrutural deixada por seus antecessores e nada fez para repor o que consumiu. Curado de complexo de inferioridade, acometido de um complexo de superioridade, Lula inverte a frase de Luiz XV: “Apres moi Le déluge”. Depois de Lula a seca. Quem chegar em 2011 vera o que é bom para a tosse.
Autor: Percival Puggina. 25/10/2009.
É conhecida a anedota do psiquiatra uruguaio que telefona um colega de clinica querendo trocar idéias sobre certo diagnostico que estava prestes a dar. Tratava se de um caso raríssimo, e ele queria ouvir a opinião do outro. Quando revelou que seu paciente sofria de complexo de inferioridade o colega se surpreendeu: “y eso os nu caso muy raro? Complejo de inferioridad? Tengo miles de casos así!” . E o primeiro: “De argentino?” .
Lembre-me dessa anedota ao examinar a conduta do presidente Lula ao longo do exercício de seus dois mandatos. O homem que colocou a faixa no peito em 2003 era um caboclo meio consumido pelas próprias origens, ainda muito próximos delas, inseguro nas aparições oficiais, manifestando ancestral apego a pinga, buchada de bode e outra simplicidade da cozinha nordestina. O novo presidente aparecia em publico com gestos contidos e linguajar inadaptado aos usos e costumes da vida presidencial. A toda hora fazia referencias a sua condição operaria e sertaneja, como que a um alto dia gnóstico sobre aquela relação meio trôpega com a liturgia do cargo.
Sete anos depois, o portador de complexo de inferioridade, que não cansava de exibir como gente do povão, alma de corintiano, mão de torneiro mecânica, filho de mãe “que não sabia fazer um ‘o’ com um copo”, etc. e tal, se apresenta totalmente curado do complexo de inferioridade e precisa, urgentemente, tratar de uma injustificável complexo de superioridade. Melhorou demais. Virou o fio. Esta se achando, para dizer como a gurizada.
Só abre a boca para coisas pretensiosas com emitir lições de sabedoria, exibir com sendo sua granja colheita que não semeou; comparar se a Jesus Cristo e determinar os limites para as ações da imprensa e das instituições da Republica. A buchada de bode e seus assemelhados foram substituídos, ate em viagem aos polígonos das secas, pela cozinha francesa, vinhos finos uísques de nobre estirpe e provecta idade. Nada e caro de demais ou sofisticado demais, nada é merecedor de suficiente respeito ou demarcador de quaisquer limites ao seu querer. Obama, em Londres, se hospeda na embaixada dos Estados Unidos. Lula vai com a corte, armas e bagagens para um hotel onde a suíte fica em 7,5 mil euros. E é assim, e é sempre a assim. Vai esticando ao Maximo a misericórdia divina , a pesar de sua sabedora ais ser uma fraude que não resiste ao menor escrutínio e do imenso contraste que sua jactância estabelece com os pobres que diz representar e cujos interesses apregoa defender.
A popularidade lhe subiu a cabeça como vapores alcoólicos. Esta inebliado. Ergue se vários degraus acima da lei. Sua auto-estemas não cabem nas bordas constitucionais do cargo que ocupa. Mas nada disso e tão danoso quanto o fato de nosso presidente, essa fase megalômana, estar consumindo recursos públicos em prodigalidades de um sheik das arábias. E bebeu popularidade na vertente estrutural deixada por seus antecessores e nada fez para repor o que consumiu. Curado de complexo de inferioridade, acometido de um complexo de superioridade, Lula inverte a frase de Luiz XV: “Apres moi Le déluge”. Depois de Lula a seca. Quem chegar em 2011 vera o que é bom para a tosse.
Autor: Percival Puggina. 25/10/2009.
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