sexta-feira, 19 de outubro de 2012

FASCISTAS X TATU-BOLA



No dia 4 deste mês, um grupo que se organizou pelas redes sociais promoveu concentração defronte à prefeitura de Porto Alegre. Como parte das manifestações, decidiram destruir, e destruíram um boneco do Tatu-Bola, que será o símbolo da Copa. Havia alguns dias o boneco estava ali numa promoção para escolha do nome a ser dado ao bicho. Quando a Brigada Militar interveio, os manifestantes em vez de retrocederam passaram a agredir os policiais, formando-se um conflito com feridos de parte a parte. O tatu foi a única vítima fatal.
Duvido que algum brasileiro no uso de suas faculdades mentais, informado de um fato como esse, nutrisse alguma dúvida sobre o alinhamento ideológico dos membros do bando. Ainda assim, a título de passatempo, fui dar uma espiada em alguns sites e blogs de esquerda para ver o que diziam a respeito. Não deu outra. O único ponto de vista insistentemente sustentado foi o de que a Brigada Militar agiu com truculência e os manifestantes que arremessaram grades e paralelepípedos contra os policiais compunham um alegre e benevolente grupo pacifista.
Arre! Eu sei, nunca haveremos de nos livrar desse tipo de ação. São episódios recorrentes, patrocinados sempre pelos mesmos. Ora são membros de um sindicato (como o Cpers), ora de um movimento social (como o MST), ora de uma torcida organizada (organizada?). O que não se pode desconhecer é o conteúdo fascista das ações que promovem. É preciso que fique bem claro: a xenofobia, o voluntarismo, o desprezo à propriedade alheia, o desrespeito à ordem pública, à democracia e às instituições, e o caldo ideológico em que se moveram os manifestantes do dia 4 em Porto Alegre, são tipicamente fascistas. Autor: Percival Puggina (67) é arquiteto, empresário, escritor, titular do articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões. Difusão: Geraldo Porci de Araujo. 

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