No
dia 4 deste mês, um grupo que se organizou pelas redes sociais promoveu
concentração defronte à prefeitura de Porto Alegre. Como parte das
manifestações, decidiram destruir, e destruíram um boneco do Tatu-Bola, que
será o símbolo da Copa. Havia alguns dias o boneco estava ali numa promoção
para escolha do nome a ser dado ao bicho. Quando a Brigada Militar interveio,
os manifestantes em vez de retrocederam passaram a agredir os policiais,
formando-se um conflito com feridos de parte a parte. O tatu foi a única vítima
fatal.
Duvido
que algum brasileiro no uso de suas faculdades mentais, informado de um fato
como esse, nutrisse alguma dúvida sobre o alinhamento ideológico dos membros do
bando. Ainda assim, a título de passatempo, fui dar uma espiada em alguns sites
e blogs de esquerda para ver o que diziam a respeito. Não deu outra. O único
ponto de vista insistentemente sustentado foi o de que a Brigada Militar agiu
com truculência e os manifestantes que arremessaram grades e paralelepípedos
contra os policiais compunham um alegre e benevolente grupo pacifista.
Arre!
Eu sei, nunca haveremos de nos livrar desse tipo de ação. São episódios
recorrentes, patrocinados sempre pelos mesmos. Ora são membros de um sindicato
(como o Cpers), ora de um movimento social (como o MST), ora de uma torcida
organizada (organizada?). O que não se pode desconhecer é o conteúdo fascista
das ações que promovem. É preciso que fique bem claro: a xenofobia, o
voluntarismo, o desprezo à propriedade alheia, o desrespeito à ordem pública, à
democracia e às instituições, e o caldo ideológico em que se moveram os
manifestantes do dia 4 em Porto Alegre, são tipicamente fascistas. Autor:
Percival Puggina (67) é arquiteto, empresário, escritor, titular do articulista
de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra
o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões. Difusão: Geraldo Porci de Araujo.
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