quarta-feira, 25 de maio de 2011
INSTRUÇÃO DE APRENDIZ
VEN.·. (bate-0) — Ir.·. 1º Vig.·. entre vos e mim existe alguma cousa? 1ºVIG. . — Sim, Mest.·. um culto. VEN. . — Que culto é esse? 1ºVIG. . — É segredo, Mest.·. VEN. . — Que segredo é esse? 1ºVIG. . — A Maçonaria. VEN. . (bate-0)— Ir.·. 2º Vig.·., sois vós macon? 2ºVIG. . — Os meus IIr.·. por tal me reconhecem. VEN. . — O que preciso para ser maçon? 2ºVIG. . — Ter nascido livre e ser de bons costumes. VEN. . (bate-0) — Ir.·. 1º Vig.·. como vos preparastes para ser recebido maçon? 1ºVIG. . — Principiei a preparar-me pelo coração. VEN. . — Onde fostes depois levado? 1ºVIG. . — A uma Câmara contígua à Loja. VEN. . — Como estáveis preparado? 1ºVIG. . — Nem nu, nem vestido. Tiraram-me todos os metaes e fui conduzido á porta do Templo pela mão de um amigo que depois reconheci por meu Ir.·. . VEN. . — Como soubestes que estaveis à porta da Templo se tínheis os olhos vendados? 1ºVIG. . — Porque alli me fizeram parar, e fui depois admittido. VEN. . (bate-0) — Ir. 2º Vig.·., como fostes admitido? 2ºVIG. . — Por uma grande pancada. VEN. . — Que vos disseram? 2ºVIG. . — Quem vem lá? Ao que respondi: Um Prof.·. que quer ser iniciado na Ord.·. dedicada a S. João de Escossia. VEN. . — Como pudesteis conceber tal esperança? 2ºVIG. . — Porque nasci livre e sou dotado de bons costumes. VEN. . — Que vos disseram então? 2ºVIG. . — Que declarasse o meu nome, sobrenome, idade, qualidade civil, religião e pátria. VEN. . — Que vos mandaram fazer depois? 2ºVIG. . — Mandaram-me entrar. VEN. . (bate-0) — Ir.·. 1º Vig.·., como entrastes? 1ºVIG. . — Tendo a ponta de uma espada, ou de um punhal, assentada ao peito. VEN. . — Que vos perguntaram? 1ºVIG. . — Se sentia ou via alguma coisa. VEN. . — Que respondesteis? 1ºVIG. . — Que sentia, mas que nada via. VEN. . — Por quem fosteis recebido depois da vossa entrada? 1ºVIG. . — Pelo Ir.·. 2º Vig.·. VEN. . — Que vos fez elle? 1ºVIG. . — Entregou-me o Ir.·. Exp.·., que mandou-me ajoelhar e tomar parte em uma oração que vós recitastes. VEN. . — Que vos perguntaram depois dessa oração? 1ºVIG. . — Em que punha a minha confiança. VEN. . — Que respondestes? 1ºVIG. . — Que depositava-a em Deus. VEN. . — Que vos fizeramo depois? 1ºVIG. . — Pegaram pela mão direita, fizera-me levantar, disseram-me que nada receasse e que sem temor seguisse a mão que me guiava. VEN. . (bate-0) — Ir.·. 2º Vig.·., onde vos introduziu esse guia? 2ºVIG. . — Fez-me praticar três viagens. VEN. . — Onde encontrastes o primeiro obstáculo? 2ºVIG. . — No meio dia, por detrás da Col.·. que agora occupo, onde bati levemente três pancadas. VEN. . — Que resposta vos deram? 2ºVIG. . — Perguntaram-me: Quem vem lá? VEN. . — Que respondesteis? 2ºVIG. . — O mesmo que havia respondido à porta de entrada. VEN. . — Onde encontrastes o segundo obstáculo? 2ºVIG. . — Por detrás do Vig.·. no Norte, onde bati também três pancadas, e dei depois as mesmas respostas às suas perguntas. VEN. . — Ir.·. 2º Vig.·., onde encontrastes o terceiro obstáculo? 2ºVIG. . — Por detrás do Ven.·. onde bati da mesma forma e dei as mesmas respostas. VEN. . — O que foi ordenado então? 2ºVIG. . — Mandaram-me conduzir ao Ir.·. 1º Vig.·. no Occid.·., para ser instruído. VEN. . — Que instrucção vos deu elle? 2ºVIG. . — Ensinou-me a dar os primeiros passos no ângulo de um quadrilongo, a fim de que pudesse chegar ao altar, para ali prestar o meu juramento. VEN. . — Onde a prestastes esse juramento? 2ºVIG. . — No altar dos juramentos, com o corpo formando uma esquadria; a mão esquerda segurando um compasso, apoiado no peito esquerdo e ali prestei o juramento solemne dos MM\ VEN. . (bate-0) — Ir.·. 1º Vig.·., depois de ter prestado esse juramento, que vos disseram? 1ºVIG. . — Perguntaram-me que mais queria. VEN. . — Que respondestes? 1ºVIG. . — A luz. VEN. . — Quem vos deu a luz? 1ºVIG. . — Vós, Resp.·. Mest.·. e todos os IIr.·. VEN. . — Quando recebestes a luz, o que visteis. 1ºVIG. . — A constit.·., a esquadria e o compasso. VEN. . — Que vos disseram significar essas luzes? 1ºVIG. . — Três grandes luzes da Maçonaria. VEN. . — Explicai-m’as. 1ºVIG. . — A constit.·. regula e governa a nossa lei; o esquadria as nossas acções, e o compasso nos ensina a regular os movimentos do nosso coração, e a sermos justos para com todos os homens, principalmente com os nossos IIr\. VEN. . — Que vos mostraram depois? 1ºVIG. . — Três SSubl.·. LL.·. da Maçon.·., o Sol, a Lua e a Ven.·. da Off.·. VEN. . (bate-0) — Ir.·. 2º Vig.·., Que vos fizeram depois? 2ºVIG. . — O Ven• me tomou pela mão direita, deu-me o toque e a palavra, e me disse: Levantai-vos, meu Ir.·. VEN. . — Que números compõem uma Off.·., meu Ir.? 2ºVIG. . — Três, cinco, sete. VEN. . — Porque razão o número três compõem uma Off.·.? 2ºVIG. . — Porque houverão três MMest.·. na construcção do Templo de Salomão. VEN. . — E o numero cinco? 2ºVIG. . — Porque todos os homens são doados de cinco sentidos. VEN. . — Quaes são elles? 2ºVIG. . — O ouvido, o olfacto, a vista, o paladar e o tacto. VEN. . — Para que servem na Maçonaria 2ºVIG. . — Três d’elles para muito. VEN. . (bate) — Ir.·. 1º Vig.·., explica-me os seus usos? 1ºVIG. . — A vista, para ver os signaes; o tacto para sentir o toque, e reconhecer os seus IIr.·. tanto nas trevas como na luz, e o ouvido para ouvir a palavra. VEN. . — Porque razão o número sete compõem uma Off.·.? 1ºVIG. . — Porque há sete sciências liberaes. VEN. . — Dizei-me quaes são? 1ºVIG. . — A grammática, a rhetorica, a lógica, e a arithmetica, a geometria, a música e a astronomia. VEN. . — De que utilidade são essas ciências na Maçonaria? 1ºVIG. . — A grammática nos ensina a escrever e a fallar. VEN. . — Que nos ensina a Rhetorica? 1ºVIG. . — A arte de falar e de discorrer sobre qualquer objecto. VEN. . — O que nos ensina a arithmética? 1ºVIG. . — O valor dos números. VEN. . — O que nos ensina a geommetria? 1ºVIG. . — A arte de medir a terra, para nella marcarmos o pedaço que nos pertence na grande partilha da humanidade. VEN. . — O que nos ensina a Música? 1ºVIG. . — A virtude dos sons. VEN. . — O que nos ensina a Astronomia? 1ºVIG. . — A conhecimento dos artros. VEN. . — Que forma tem a vossa Off.·.? 1ºVIG. . — Um quadrilongo. VEN. . (bate) — Ir.·. 2º Vig.·., de que largura é a nossa Off.·.? 2ºVIG. . — Do Oriente ao Occidente. VEN. . — De que comprimento? 2ºVIG. . — Do Sul ao Norte. VEN. . — De que altura? 2ºVIG. . — Da terra ao céo. VEN. . — Que profundidade tem? 2ºVIG. . — Da superfície da terra ao centro. VEN. . — Porque? 2ºVIG. . — Porque a Maçonaria é universal e o Universo uma Off.·. VEN. . — Porque razão está a vossa Loj.·. situada do Oriente ao Occidente? 2ºVIG. . — Porque assim o estão todas as OOff.·.. VEN. . — E porque? 2ºVIG. . — Porque principiou o Evangelho a ser pregado no Oriente, e estendeu-se depois ao Occidente. VEN. . — Quem sustenta a vossa Off.·.? 2ºVIG. . — Três grandes Pillares. VEN. . — Como se chamam? 2ºVIG. . — Sabedoria, Força e Beleza. VEN. . (bate) — Ir.·. 1º Vig.·., o que representa o pilar da Sabedoria? 1ºVIG. . — O Ven• no Oriente. VEN. . — O que representa o pilar da Força? 1ºVIG. . — O 1º Vig.·. no Occidente. VEN. . — O que representa o pilar da Beleza? 1ºVIG. . — O 2º Vig.·. no Meio-dia. VEN. . — Porque representa o Ven.·. o pilar da Sabedoria? 1ºVIG. . — Porque dirige os OObr.·. e mantém a ordem. VEN. . — Como representa o 1º Vig.·. o pilar da Força? 1ºVIG. . — pagando os OObr.·., cujos salários são a força e a manutenção da sua existência . VEN. . — Como representa o 2º Vig.·. a Belleza? 1ºVIG. . — Para fazer repousar os OObr.·., fiscalizando-os no trabalho, a fim de que ao Ven.·. resulte honra e glória. VEN. . (bate-0) — Ir.·. 2º Vig.·., porque é a Off.·. é sustentada por três CCol.·.? 2ºVIG. . — Porque a Sabedoria, a Força e a Beleza são o complemento de tudo, sem ella nada é durável. VEN. . — Porque? 2ºVIG. . — Porque a Sabedoria inventa, Força sustenta e a Beleza adorna. VEN. . — Está coberta a Loj.·.? 2ºVIG. . — Sim, por uma abobada celeste de variegadas nuvens. VEN. . — Donde sopram os ventos para os MMaç.·.? 2ºVIG. . — Do Oriente para o Occidente. VEN. . — Repousemos, meus IIr.·.? Autor: Desconhecido. Difusão: Geraldo Porci de Araújo. 23/3/2011.
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