Obrigado,
Geraldo! Um. Abração. Vou repassar. MBA A. J. PEREIRA- Consultor Vendas shopbus
volare CEL. CTBC. (34 9969-5099)!
Em
08/06/2012 Geraldo Porci de Araújo geraldoporci@hotmail.com
escreveu: Marco Antonio Villa. O Globo. Publicado em 13/12/2011. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é formado por 33
ministros. Foi criado pela Constituição de 1988. Poucos conhecem ou acompanham
sua atuação, pois as atenções nacionais estão concentradas no Supremo Tribunal
Federal. No site oficial está escrito que é o tribunal da cidadania. Será?
Um
simples passeio pelo site permite obter algumas informações preocupantes.
O
tribunal tem 160 veículos, dos quais 112 são automóveis e os restantes 48 são
vans, furgões e ônibus. É difícil entender as razões de tantos veículos para um
simples tribunal. Mais estranho é o número de funcionários. São 2.741 efetivos.
Muitos.
É inegável. Mas o número total é maior
ainda. Os terceirizados representam 1.018. Desta forma, um simples tribunal tem
3.759 funcionários, com a média aproximada de mais de uma centena de trabalhadores
por ministro! Mesmo assim, em um só contrato, sem licitação, foram destinados
quase R$2 milhões para serviço de secretariado.
Não
é por falta de recursos que os processos demoram tantos anos para serem
julgados. Dinheiro sobra. Em 2010, a dotação orçamentária foi de R$940 milhões.
O dinheiro foi mal gasto. Só para comunicação e divulgação institucional foram
reservados R$11 milhões, para assistência médica a dotação foi de R$47 milhões
e mais 45 milhões de auxílio-alimentação. Os funcionários devem viver com muita
sede, pois foram destinados para compra de água mineral R$170 mil. E para
reformar uma cozinha foram gastos R$114 mil. Em um acesso digno de Oswaldo
Cruz, o STJ consumiu R$225 mil em vacinas.
À
conservação dos jardins que, presumo, devem estar muito bem conservados o
tribunal reservou para um simples sistema de irrigação a módica quantia de
R$286 mil.
Se o
passeio pelos gastos do tribunal é aterrador, muito pior é o cenário quando
analisamos a folha de pagamento. O STJ fala em transparência, porém não
discrimina o nome dos ministros e funcionários e seus salários. Só é possível
saber que um ministro ou um funcionário (sem o respectivo nome) recebeu em
certo mês um determinado salário bruto. E só. Mesmo assim, vale muito a pena
pesquisar as folhas de pagamento, mesmo que nem todas, deste ano, estejam
disponibilizadas. A média salarial é muito alta. Entre centenas de funcionários
efetivos é muito difícil encontrar algum que ganhe menos de 5 mil reais.
Mas
o que chama principalmente a atenção, além dos salários, são os ganhos
eventuais, denominação que o tribunal dá para o abono, indenização e
antecipação das férias, a antecipação e a gratificação natalinas, pagamentos
retroativos e serviço extraordinário e substituição. Ganhos rendosos. Em março
deste ano um ministro recebeu, neste item, 169 mil reais. Infelizmente há
outros dois que receberam quase que o triplo: um, R$ 404, mil; e outro, R$435
mil. Este último, somando o salário e as vantagens pessoais, auferiu quase meio
milhão de reais em apenas um mês! Os outros dois foram menos aquinhoados, um
ficou com R$197 mil e o segundo, com 432 mil.
A
situação foi muito mais grave em setembro. Neste mês, seis ministros receberam
salários astronômicos: variando de R$190 mil a R$228 mil. Os
funcionários (assim como os ministros) acrescem ao salário (designado,
estranhamente, como remuneração paradigma”) também as vantagens eventuais, além
das vantagens pessoais e outros auxílios (sem esquecer as diárias). Assim, não
é incomum um funcionário receber R$21 mil, como foi o caso do assessor-chefe
CJ-3, do ministro 19, os R$25, 8 mil do assessor-chefe CJ-3 do ministro 22, ou,
ainda, em setembro, o assessor chefe CJ-3 do desembargador 1 recebeu R$39 mil
(seria cômico se não fosse trágico: até parece identificação do seriado Agente
86).
Em
meio a estes privilégios, o STJ deu outros péssimos exemplos. Em 2010, um
ministro, Paulo Medina, foi acusado de vender sentenças judiciais. Foi
condenado pelo CNJ. Imaginou-se que seria preso por ter violado a lei sob a
proteção do Estado, o que é ignóbil. Não, nada disso. A pena foi a
aposentadoria compulsória. Passou a receber R$25 mil. E que pode ser extensiva
à viúva como pensão. Em outubro do mesmo ano, o presidente do STJ, Ari
Pargendler, foi denunciado pelo estudante Marco Paulo dos Santos.
O
estudante, estagiário no STJ, estava numa fila de um caixa eletrônico da
agência do Banco do Brasil existente naquele tribunal. Na frente dele estava o
presidente do STJ. Pargendler, aos gritos, exigiu que o rapaz ficasse distante
dele, quando já estava aguardando, como todos os outros clientes, na fila
regulamentar. O presidente daquela Corte avançou em direção ao estudante,
arrancou o seu crachá e gritou: Sou presidente do STJ e você está demitido.
Isso aqui acabou para voc. E cumpriu a ameaça. O estudante, que dependia do
estágio recebia R$750, foi sumariamente demitido.
Certamente o STJ
vai argumentar que todos os gastos e privilégios são legais. E devem ser. Mas
são imorais, dignos de uma república bufa. Os ministros deveriam ter vergonha
de receber 30, 50 ou até 480 mil reais por mês. Na verdade devem achar que é
uma intromissão indevida examinar seus gastos. Muitos, inclusive, podem até
usar o seu poder legal para coagir os críticos. Triste Judiciário. Depois de
tanta luta para o estabelecimento do estado de direito, acabou confundindo
independência com a gastança irresponsável de recursos públicos, e autonomia
com prepotência. Deixou de lado a razão da sua existência: fazer justiça.
Marco Antonio Vilela
e historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos (SP). Um
artigo deste quilate acaba com qualquer esperança de vivermos no estado
democrático de Direito. Quando a
justiça é desacredita estamos num fim ded uma era. Pobre País. Pobre povo enganado pela demagogia e por Ladrões da coisa pública
parabéns pela coragem moral. Professor Antônio Vilela. Autor: Desconhecido. Difusão: Geraldo Porci de Araújo.
29/06/2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário