domingo, 20 de novembro de 2011

OS BASTIDORES DA ESPLANADA

Só para que não reste a menor dúvida: Carlos Lupi é o cara da direita, de mão no bolso, quem sabe pegando a chave da cadeia dos assessores propineiros que ele mesmo escolheu a dedo para agirem no Ministério do Trabalho. A foto mostra com nitidez que Carlos Lupi não é forte como trombeteia; é grande, mas não é dois. Lupi, como se vê perfeitamente, mais que possante é grosso.
Sorridente, prepotente e insolente, não usa colete à prova de bala, mas ao contrário do que imagina tem apenas duas pernas e dois braços. Não é mais homem do que ninguém.
Pelo contrário é só mais um ministro que Dilma herdou de Lula. Nem melhor, nem pior do que os outros que já foram varridos da Esplanada do Ministério desta maior, lixeira a céu aberto do País, por denúncias de propinagem e corrupção.
Para cair, não precisa de provas provadas da sua participação nas falcatruas do escândalo que expõe as vísceras do PDT, vestal dos partidos políticos brasileiros. Mais vestal até do que o PMDB de Michel Temer que "não precisa ser investigado, porque não tem nada para ser investigado".
Basta para Carlos Lupi ter escolhido um por um dos propineiros do seu Ministério. Cada um dos escandalosos de hoje era, até ontem, seu parceiro fiel, bom amigo, bom camarada, companheiro bom e batuta. Só por isso, Carlos Lupi já era para ter enfiado o boné e vestido um colete à prova de bala. Mesmo que fosse de hortelã. Pelo menos aliviaria o bafo.
VOCÊ DECIDE! O Brasil está mesmo do lado avesso. Não dá para eleger a mais ridícula entre as declarações de Lupi e de Dilma, com relação ao affair da propina no Trabalho. Lupi, logo após dizer a Dilma "Eu te amo!" mostrou seu lado mais tosco: - Pra mim não tem problema pedir desculpa. Eu peço desculpa todo dia... O parlapatão mal tinha vestido as sandálias da humildade e logo vestiu a carapuça de grosseiro e inconseqüente.
Pediu, desculpas a Dilma, como se estivesse pedindo aos fregueses da banca de revistas quando se enganava no preço das mercadorias. Já a reação da primeira-presidenta foi de matar: "Não há crise no Ministério do Trabalho".
Quem está acostumado, não estranha. Uma carrada de "malfeitos" num ministério da República já deixou de ser escândalo para o governo há muito tempo. Quem é pior do que quem numa hora dessas? Você decide.
FIRMEZA: Wagner Rossi: "Estou firme como uma rocha". Caiu no dia seguinte.
Orlando Silva: "Eu me sinto indestrutível". Foi demolido logo depois. Carlos Lupi: "Só saio abatido à bala". Lá vem bala perdida. Um desperdício.
DNA: A velha banda larga do PDT garante que o partido é sério e não tem histórico de facção bandida. Já há no seio da sigla, entretanto, quem desconfie que Lupi, recebeu transfusão de sangue do médico Agnelo. O contágio seria inevitável.
ELES E O POVO: Melhor que o confronto entre estudantes da USP e a polícia militar da Justiça em São Paulo, foi o ataque dos seguranças do Senado aos populares que manifestavam sua liberdade de pensamento e expressão. Nuncanessepaís a Casa de Sarney foi tão eficiente.
Um. Brutamontes eu conseguiu, sacar um revólver de descarga elétrica e iluminou o túnel do tempo do Congresso mais inepto da história brasileira.
A VIDA IMITA A PIADA: E então, Agnelo passou recibo de R$ 5 mil para um lobista de remédios que fazia negócios com a ANVISA, então dirigida pelo médico que hoje governa Brasília.
Não tendo como negar, procurou uma saída. Encontrou. Lembrou-se que se tratava de um empréstimo que havia feito ao representante comercial e que, ele agradecido e honesto, em tempo lhe devolvera.
Pronto. A desculpa não tem prova em contrário. Então tá valendo. Pelo inusitado, a vida imita a velha piada. Lembra aquela dos compadres amigos? Pois foi assim. Há muito tempo que o compadre andava querendo comer a comadre. Naquele dia, o compadre tinha ido viajar. E o compadre do compadre foi pra cama da comadre. Lá estava ele peladão da Silva, enquanto a comadre se ajeitava no banheiro ao lado.
A porta se abre e, ao invés da comadre, surge-lhe pelas ventas a figura do compadre. Era só o que faltava. O marido surpreso e burro quis saber: - O que é isso, compadre, o que cê tá fazendo aí, pelado na minha cama?- Pois olha só, compadre... Eu tava por aí, sem nada pra fazer. A vida tava uma chatice.
Aí eu resolvi... Resolveu o quê? Pois chateado desse jeito, eu disse pra mim mesmo: Sabe duma, coisa? Não tô fazendo nada, vou, lá na casa da comadre, só pra dá o bem bom pro compadre!Se deu ou não deu, ninguém sabe, ninguém viu. O que valeu foi a explicação. A desculpa ficou valendo. O compadre nunca teve prova em contrário.
BANG-BANG À BRASILEIRA: Para a primeira-mulher-presidenta, Carlos Lupi até aqui era, na melhor das hipóteses, um inconveniente. Agora se revela um inconseqüente: só sai à bala!E tem as costas largas, pela cobertura da alcatéia do PDT - antiga toca de Dilma no seu tempo de gaúcha - que ameaça deixar o governo se Lupi for enxotado da Esplanada.
Reprodução: Lupi uivou com a bravata de um bandoleiro e o bando de lobos pedetistas ladrou(!) como chantagista. Entre balas e chantagem explícita a presidenta Dilma, pela inércia, deixa de ser cúmplice para ser refém. Lupi e o PDT seqüestraram a sua autoridade nesse tiroteio político, verdadeiro bang-bang à brasileira.
BALA COM BALA: Coisa de bandidão: " Para me tirar! Só abatido a bala. E tem que ser uma bala forte. Por que eu sou pesadão! Mas não se engane quem cometeu essa bravata não foi um bandidão desses que vão parar atrás das grades porque roubam a galinha do vizinho, ou desodorante no supermercado. Quem falou desse jeito foi apenas um dos Ministros que Lula deixou de Herança para o governo Dilma. Trata-se do Fanfarrão Carlos Lupi que, cercado por um bando de correligionários, se sentiu possante e blindado o quanto basta para ameaçar a quem tiver a ousadia de puxar do coldre estatal a ordem de demissão e mostrar-lhe a porta da rua.
A primeira-presidenta Dilma que se cuide. Ela que não se meta a sacar a vassoura para varrer Carlos Lupi do Trabalho. Pode sobrar uma bala perdida.
IDIOTAS DA USP: Os rebeldes sem causa da USP foram em cana. Pagam fiança de dois salários mínimos e volta a gozar o pleno sol da liberdade. Conseguiram dar ao seu arremedo de protesto o tom de idiotia e alienação que menos precisava o movimento anticorrupção que vem se consolidando no Brasil. Além de depredarem o prédio da Universidade que não é deles, estouraram computadores, tinham coquetéis molotov no estoque e esqueceram alguns bagos de cannabis sativa espalhados pelos corredores que deixaram imundos como as suas caras pálidas.
E AGORA? Cansado, Lula adia retorno a instituto após quimioterapia. Ele sente fadiga, conseqüência já esperada; médicos dizem que recuperação é boa. Se não fosse o País ter desandado tanto depois que Lula parou de trabalhar, o presidente de honra do PT nem teria notado o efeito colateral.
Se Lula não voltar logo aos intensos afazeres no seu instituto, ninguém pode prever qual será o futuro do Brasil. Os mais otimistas acham que o povo sobrevive.
INCOMODATIVO: Diante do Trabalho que proporciona ao governo Dilma, Carlupi é, na melhor das hipóteses, um inconveniente. É como uma boa idéia atravessada na garganta: causa um enorme mal-estar.
ESPERA, SENTADO: Deputado Antônio Reguffe, do mesmo partido do ministro do Trabalho, recomendou a saída de Carlos Lupi para facilitar a investigação de denúncias de desvio de dinheiro na pasta: "Seria inteligente Lupi se afastar do ministério". Se, é! Para mostrar inteligência, então Reguffe pode esperar sentado. Carlos Lupi vai ficar por lá até que a vaca tussa.
O NÁUFRAGO: Carlos Lupi: "Dilma mandou tocar o barco". Essa Dilma é mesmo terrível. Fingiu que não sabe que o ministério do cara é uma canoa furada.
ARMAZÉM BRASIL DA SILVA: Então estamos combinados. Estamos de acordo que a governanta Dilma do terceiro governo Lula já mandara avisar ao ingênuo Carlos Lupi que ONGs de fachada e servidores de alto coturno estavam enfiando o pé na jaca e empastelando a Pasta do Trabalho.
Ele fez ouvidos moucos. Agora reverbera que quer ver "até onde vai chegar esse denuncismo". Bolas, não só Dilma, mas até Gilberto Carvalho, irmão de Miriam Belchior e olheiro de Lula no gabinete da Presidência já avisara que Lupi tinha que se mancar de tanto que sua turma vinha chutando o, balde; assim é que, Carlos Lupi não é o inocente, e muito menos o palerma que anda interpretando por aí. E assim é também que, ao não enfiar-lhe o pé nos fundilhos, Dilma, Gilberto Carvalho e todo o núcleo duro do poder se torna cúmplice do que é cometido no Trabalho. E cúmplices serão, não só de Lupi, mas de Negro monte, Ideli, Hadad, Aninha Hollanda, genéricos similares até janeiro do ano que vem marco regulatório anunciado para a reforma do primeiro ministério da primeira-mulher-presidenta do Brasil da Silva.
Ah sim, esse denuncismo vai chegar até à raiz da planfa que lamblanfa, enquanto persistir o regime de máfias, implantado há mais de oito anos pelos governos Lula com o apelido de "estratégia de coalizão pela governabilidade". O Brasil hoje é um grande armazém geral de secos e molhados, onde tudo se compra e tudo se vende. Do ferro de construção ao requinte dos cristais. De descamisados pés- descalços a ministros de Estado de todos os poderes constituídos.
Autor: Desconhecido. Difusão: Geraldo Porci dxe Araújo. 19/112011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário