Amaury Ribeiro Jr. acredita que publicação terá desdobramentos
significativos na política nacional "Negociatas
envolveram milhões de dólares em corrupção e propina" O acontecimento político mais explosivo do ano de 2011 é um
livro escrito pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr., resultado de mais de 12 anos
de investigações.
“As Privatizaria. Tucana”, com a chancela da
Geração Editorial, lançado no dia 9 de dezembro, já alcançou a marca
impressionante de 150 mil exemplares vendidos em apenas duas semanas e provocou
o silêncio mais constrangedor de que se tem notícia nos principais veículos de comunicação
do Brasil.
“O livro só aconteceu por causa da internet,
das redes sociais e dos bloqueadores independentes. Vejam que jornalista, que
agora denunciou as mazelas dos Tucanos, também omitiu, na época. Por ser um dos
jornais de um jornal, como Hoje em Dia,
que também pecou, por não
ter denunciado á mais tempo, é a nossa contribuição. Geraldo Porci de Araújo.
Um assunto de maior importante como é levar
o conhecimento as autoridades. Para conseguimos furar o bloqueio da mídia
tradicional, boa parte dela comprometida com as autoridades denunciadas pelos
documentos apresentados no livro”, admite Amaury, que fez uma visita à redação
do Hoje em Dia na quarta-feira(
21), antes de embarcar para uma série de debates e entrevistas em São Paulo.
Também na quarta-feira, o deputado
Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) protocolou na Mesa Diretora da Câmara dos
Deputados um requerimento pedindo a abertura de uma Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) para investigar as acusações apresentadas no livro. Para abrir
uma CPI na Câmara são necessárias 171 assinaturas. O requerimento superou este
número, conseguiu apoio de 185 parlamentares e, segundo o presidente da Câmara,
Marco Maia (PT-RS), a CPI deverá ser instalada no início de 2012 para
esclarecer os fatos e ouvir os acusados.
“A casa vai cair com essa CPI”, aponta o
autor do livro “A Precataria Tucana”. Amaury reconhece que as centenas de
documentos que apresenta no livro são apenas uma ponta do iceberg que envolve
as várias “negociatas” e esquemas de corrupção e propina das privatizações
conduzidas no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no período
entre 1995 e 2002.
O trabalho, minuciosos e investigativos,
de Amaury, enumera no livro, os principais envolvidos, e conseguiu mapear os
esquemas, da corrupção e lavagem, de dinheiro um montado em torno, dos políticos
tucanos, José Serra ex-ministro, de Fernando Henrique, ex-deputado, ex-senador,
ex-governador, e ex-prefeito de São Paulo. e candidato, duas vezes derrotado,
em eleições para a Presidência da República.
“São negociatas, que envolveram um valor
incalculável e muitos milhões de dólares, em corrupção. E propinas naquele processo de privatização de grandes
empresas nacionais que atingiu os setores de telecomunicações, energia e mineração”
e destaca. Amaury, que compara o grande escândalo revelado no livro – também
abafado na época pelos mesmos grandes veículos de mídia que agora boicotam sua
divulgação nos noticiários – à queda de um grande avião com muitas autoridades
incluídas entre os passageiros.
“O livro, trazem denúncias explosivas, mas a CPI no, Congresso
Nacional, poderá ir mais a fundo, para incriminar os envolvidos, e propor tanto
as punições cabíveis. Querendo um ressarcimento do patrimônio público do
Brasil. Além de levar a uma revisão das leis para garantir um maior controle
sobre a entrada de capital estrangeiro, mais controle sobre a operação de
papéis nas bolsas de valores e sobre a lavagem de dinheiro para que este grande
escândalo não venha a se repetir nunca mais neste país”, alerta.
Os denunciados, por Amaury, no esquema,
que operou bilhões de dólares, durante as privatizações no governo Fernando
Henrique, vêm respondendo às acusações do livro, com um silêncio implacável,
com ameaças de processos na Justiça – quando não definir, de “lixo” o trabalho
do jornalista. Como fez o ex-governador Serra, depois de ser pressionado pelos
repórteres em um evento recente em São Paulo.
Amaury reconhece que esta era uma
situação prevista por ele e pelo editor do livro, o também jornalista Luiz
Fernando Emediato. “Todos os fatos que apresento no livro estão fundamentados
em documentos oficiais obtidos em juntas comerciais, em cartórios, no
Ministério Público e nas várias instâncias da Justiça”, aponta Amaury, vencedor
de três prêmios Esso e atualmente repórter especial da Rede Record. Ele também
faz questão de destacar que não tem qualquer filiação partidária.
“Sou militante do jornalismo”, conclui.
Na sua agenda para 2012 já estão mais de 200 convites para o lançamento do
livro em universidades e entidades sindicais e dois projetos que prometem novas
polêmicas e revelações impressionantes, já em fase de conclusão.
“Serão dois novos livros”, explica
Amaury. “Um será o Privatizaria Tucana 2, alinhavando documentos que ficaram de
fora do primeiro livro e contando os desdobramentos das denúncias e da CPI que
será instalada no Congresso Nacional. O outro será um inventário sobre
corrupção e pedofilia no Brasil, para revelar que autoridades que deveriam
defender o povo e principalmente as crianças são, muitas vezes, o seu maior
inimigo”.
Autoria, diz ser de Amaury Ribeiro Jr. A correção e a observação e a é Difusão é de Geraldo Porci de Araújo. 29/12/2011.