sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

"A CASA VAI CAIR", DIZ AUTOR DE "A PRIVATARIA TUCANA"



Amaury Ribeiro Jr. acredita que publicação terá desdobramentos significativos na política nacional "Negociatas envolveram milhões de dólares em corrupção e propina" O acontecimento político mais explosivo do ano de 2011 é um livro escrito pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr., resultado de mais de 12 anos de investigações.
“As  Privatizaria. Tucana”, com a chancela da Geração Editorial, lançado no dia 9 de dezembro, já alcançou a marca impressionante de 150 mil exemplares vendidos em apenas duas semanas e provocou o silêncio mais constrangedor de que se tem notícia nos principais veículos de comunicação do Brasil.
 “O livro só aconteceu por causa da internet, das redes sociais e dos bloqueadores independentes. Vejam que jornalista, que agora denunciou as mazelas dos Tucanos, também omitiu, na época. Por ser um dos jornais de um jornal, como Hoje em Dia, que também  pecou, por não ter denunciado á mais tempo, é a nossa contribuição. Geraldo Porci de Araújo. Um assunto de  maior importante como  é  levar o conhecimento as autoridades. Para conseguimos furar o bloqueio da mídia tradicional, boa parte dela comprometida com as autoridades denunciadas pelos documentos apresentados no livro”, admite Amaury, que fez uma visita à redação do Hoje em Dia na quarta-feira( 21), antes de embarcar para uma série de debates e entrevistas em São Paulo.
Também na quarta-feira, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) protocolou na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados um requerimento pedindo a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as acusações apresentadas no livro. Para abrir uma CPI na Câmara são necessárias 171 assinaturas. O requerimento superou este número, conseguiu apoio de 185 parlamentares e, segundo o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a CPI deverá ser instalada no início de 2012 para esclarecer os fatos e ouvir os acusados.
                  
“A casa vai cair com essa CPI”, aponta o autor do livro “A Precataria Tucana”. Amaury reconhece que as centenas de documentos que apresenta no livro são apenas uma ponta do iceberg que envolve as várias “negociatas” e esquemas de corrupção e propina das privatizações conduzidas no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no período entre 1995 e 2002.
O trabalho, minuciosos e investigativos, de Amaury, enumera no livro, os principais envolvidos, e conseguiu mapear os esquemas, da corrupção e lavagem, de dinheiro um montado em torno, dos políticos tucanos, José Serra ex-ministro, de Fernando Henrique, ex-deputado, ex-senador, ex-governador, e ex-prefeito de São Paulo. e candidato, duas vezes derrotado, em eleições para a Presidência da República.
“São negociatas, que envolveram um valor incalculável e muitos milhões de dólares, em corrupção. E propinas  naquele processo de privatização de grandes empresas nacionais que atingiu os setores de telecomunicações, energia e mineração” e destaca. Amaury, que compara o grande escândalo revelado no livro – também abafado na época pelos mesmos grandes veículos de mídia que agora boicotam sua divulgação nos noticiários – à queda de um grande avião com muitas autoridades incluídas entre os passageiros.
“O livro, trazem  denúncias explosivas, mas a CPI no, Congresso Nacional, poderá ir mais a fundo, para incriminar os envolvidos, e propor tanto as punições cabíveis. Querendo um ressarcimento do patrimônio público do Brasil. Além de levar a uma revisão das leis para garantir um maior controle sobre a entrada de capital estrangeiro, mais controle sobre a operação de papéis nas bolsas de valores e sobre a lavagem de dinheiro para que este grande escândalo não venha a se repetir nunca mais neste país”, alerta.
Os denunciados, por Amaury, no esquema, que operou bilhões de dólares, durante as privatizações no governo Fernando Henrique, vêm respondendo às acusações do livro, com um silêncio implacável, com ameaças de processos na Justiça – quando não definir, de “lixo” o trabalho do jornalista. Como fez o ex-governador Serra, depois de ser pressionado pelos repórteres em um evento recente em São Paulo.
Amaury reconhece que esta era uma situação prevista por ele e pelo editor do livro, o também jornalista Luiz Fernando Emediato. “Todos os fatos que apresento no livro estão fundamentados em documentos oficiais obtidos em juntas comerciais, em cartórios, no Ministério Público e nas várias instâncias da Justiça”, aponta Amaury, vencedor de três prêmios Esso e atualmente repórter especial da Rede Record. Ele também faz questão de destacar que não tem qualquer filiação partidária.
“Sou militante do jornalismo”, conclui. Na sua agenda para 2012 já estão mais de 200 convites para o lançamento do livro em universidades e entidades sindicais e dois projetos que prometem novas polêmicas e revelações impressionantes, já em fase de conclusão.
“Serão dois novos livros”, explica Amaury. “Um será o Privatizaria Tucana 2, alinhavando documentos que ficaram de fora do primeiro livro e contando os desdobramentos das denúncias e da CPI que será instalada no Congresso Nacional. O outro será um inventário sobre corrupção e pedofilia no Brasil, para revelar que autoridades que deveriam defender o povo e principalmente as crianças são, muitas vezes, o seu maior inimigo”.
Autoria, diz ser de Amaury Ribeiro Jr. A correção e a observação e a é Difusão é de Geraldo Porci de Araújo. 29/12/2011.  

EU ESCOLHI A 1ª, E VC QUAL VAI ESCOLHER?



Um dia, quando eu era calouro na escola, vi um garoto de minha sala caminhando para casa depois da aula. Seu nome era Kyle. Parecia que ele estava carregando todos os seus livros. Eu pensei: 'Por que alguém iria levar para casa todos os seus livros numa Sexta-Feira? Ele deve ser mesmo um C. D. F'! O meu final de semana estava planejado (festas e um jogo de futebol com meus amigos Sábado à tarde), então dei de ombros e segui o meu caminho. Conforme ia caminhando, vi um grupo de garotos correndo em direção a Kyle. Eles o atropelaram, arrancando todos os livros de seus braços, empurrando-o de forma que ele caiu no chão. Seus óculos voaram e eu os vi aterrissarem na grama há alguns metros de onde ele estava. Kyle ergueu o rosto e eu vi uma terrível tristeza em seus olhos.
Meu coração penalizou-se! Corri até o colega, enquanto ele engatinhava procurando por seus óculos. Pude ver uma lágrima em seus olhos. Enquanto eu lhe entregava os óculos, disse: 'Aqueles caras são uns idiotas! Eles realmente deviam arrumar uma vida própria'. Kyle olhou-me nos olhos e disse: 'Hei, obrigado'! Havia um grande sorriso em sua face. Era um daqueles sorrisos que realmente mostram gratidão. Eu o ajudei a apanhar seus livros e perguntei onde ele morava.
Por coincidência ele morava perto da minha casa, mas não havíamos nos visto antes, porque ele freqüentava uma escola particular. Conversamos por todo o caminho de volta para casa e eu carreguei seus livros. Ele se revelou um garoto bem legal.
Perguntei se ele queria jogar futebol no Sábado comigo e meus amigos. Ele disse que sim. Ficamos juntos por todo o final de semana e quanto mais eu conhecia Kyle, mais gostava  dele. Meus amigos pensavam da mesma forma. Chegou a Segunda-Feira e lá estava o Kyle com aquela quantidade imensa de livros outra vez! Eu o parei e disse:
'Diabos, rapaz, você vai ficar realmente musculoso carregando essa pilha de livros assim todos os dias!'.
Ele simplesmente riu e me entregou metade dos livros. Nos quatro anos seguintes, Kyle e eu nos tornamos mais amigos, mais unidos. Quando estávamos nos formando começamos a pensar em Faculdade. Kyle decidiu ir para Georgetown e eu para Duke. Eu sabia que seríamos sempre amigos, que a distância nunca seria problema. Ele seria médico e eu ia tentar uma bolsa escolar no time de futebol. Kyle era o orador oficial de nossa turma. Eu o provocava o tempo todo sobre ele ser um C. D. F. Ele teve que preparar um discurso de formatura e eu estávamos super contente por não ser eu quem deveria subir no palanque e discursar. No dia da Formatura Kyle estava ótimo. Era um daqueles caras que realmente se encontram durante a escola. Estava mais encorpado e realmente tinha uma boa aparência, mesmo usando óculos.
Ele saía com mais garotas do que eu, e todas as meninas, o adoravam! Às vezes eu até ficava com inveja. Hoje era um daqueles dias. Eu podia ver o quanto ele estava nervoso sobre o discurso. Então, dei-lhe um,  tapinha nas costas, e disse: 'Ei, garotão, você vai se sair bem!' Ele olhou para mim com aquele olhar de gratidão, sorriu e disse: -'Valeu'!
Quando ele subiu no oratório, limpou a garganta e começou o discurso: 'A Formatura é uma época para agradecermos àqueles que nos ajudaram durante estes anos duros. Seus pais, professores, irmãos, talvez até um treinador, mas principalmente aos seus amigos.
Eu estou aqui para lhes dizer que ser um amigo para alguém, é o melhor presente que você pode lhes dar. Vou contar-lhes uma história: Eu olhei para o meu amigo sem conseguir acreditar enquanto ele contava a história sobre o primeiro dia em que nos conhecemos. Ele havia planejado se matar naquele final de semana! Contou a todos como havia esvaziado seu armário na escola, para que sua mãe não tivesse que fazer isso depois que ele morresse e estava levando todas as suas coisas para casa. Ele olhou diretamente nos meus olhos e deu um pequeno sorriso. 'Felizmente, meu amigo me salvou de fazer algo inominável!' Eu observava o nó na garganta de todos na platéia enquanto aquele rapaz popular e bonito contava a todos sobre aquele seu momento de fraqueza.
Vi sua mãe e seu pai olhando para mim e sorrindo com a mesma gratidão. Até aquele momento eu jamais havia me dado conta da profundidade do sorriso que ele me deu naquele dia. Nunca subestime o poder de suas ações. Com um pequeno gesto você pode mudar a vida de uma pessoa. Para melhor ou para pior. Deus nos coloca na vida dos outros para que tenhamos um impacto, uns sobre o outro de alguma forma.
                  Procure o bem nos outros! Agora você tem 2 opções: 1) passar esta história aos seus amigos ou; 2) apagar este texto e agir como se ele não tivesse tocado o seu coração. Como você pode ver, eu escolhi a primeira opção. Esta mensagem mostra o quanto os meus amigos são importantes pra mim!  Proteja seu e-mail e de seus colegas contra vírus e pessoas mal intencionadas: - antes de encaminhar mensagens, apague os endereços de e-mails de seus colegas que estão no texto e encaminhe sempre como. (Cópia oculta)'.  autor: Adilson R.  oliveira. Difusão: Geraldo Porci de Araújo. 27/12/2011.


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

CELIBATO ( PADRE FABIO DE MELO )



Carta do Padre Fábio de Mello. CELIBATO. A graça de ser só. Ando pensando no valor de ser só. Talvez seja por causa da grande polêmica que envolveu a vida celibatária nos últimos dias. Interessante como as pessoas ficam querendo arrumar esposas para os padres. Lutam, mesmo que não as tenhamos convocado para tal, para que recebamos o direito de nos casar e constituir família.
Já presenciei discursos inflamados de pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder casar. Eu também fico indignado, mas de outro modo. Fico indignado quando a sociedade interpreta a vida celibatária como mera restrição da vida sexual.
Fico indignado quando vejo as pessoas se perderem em argumentos rasos, limitando uma questão tão complexa ao contexto do “pode ou não pode”. A sexualidade é apenas um detalhe da questão.  Castidade é muito mais.  
Castidade é um elemento que favorece a solidão frutuosa, pois nos coloca diante da possibilidade de fazer da vida uma experiência de doação plena.  Digo por mim. Eu não poderia ser um homem casado e levar a vida que levo. Não poderia privar os meus filhos de minha presença para fazer as escolhas que faço.  O fato de não me casar não me priva do amor. Eu o descubro de outros modos. Tenho diante de mim a possibilidade de ser dos que precisam de minha presença. Na palavra que digo na música que canto e no gesto que realizo, o todo de minha condição humana está colocado. É o que tento viver. É o que acredito ser o certo. Nunca encarei o celibato como restrição. Esta opção de vida não me  foi  imposta.  Ninguém me obrigou ser padre, e quando escolhi o ser, ninguém me enganou. Eu assumi livremente todas as possibilidades do meu ministério, mas também todos os limites. Nunca encarei o celibato como restrição. Esta opção de vida não me  foi  imposta.  Ninguém me obrigou ser padre, e quando escolhi o ser, ninguém me enganou.
Eu assumi livremente todas as possibilidades do meu ministério, mas também todos os limites. Eu não sou um homem solitário, apenas escolhi ser só.
Não vivo lamentando o fato de não me casar.  Ao contrário, sou muito feliz sendo quem eu sou e fazendo o que faço. Tenho meus limites, minhas lutas cotidianas para manter a minha fidelidade, mas não faço desta luta uma experiência de lamento. Já caí inúmeras vezes ao longo de minha vida.
Não tenho medo das minhas quedas. Elas me humanizaram e me ajudaram a compreender o significado da misericórdia. Não tenho medo das minhas quedas. Elas me humanizaram e me ajudaram a compreender o significado da misericórdia. Eu não sou teórico. Vivo na carne a necessidade de estar em Deus para que minhas esperanças continuem vivas. Eu não sou por acaso. Sou fruto de um processo histórico que me faz perceber as pessoas que posso trazer para dentro do meu coração. Deus me mostra. Ele me indica, por meio de minha sensibilidade, quais são as pessoas que poderão oferecer algum risco para minha castidade.
Eu não me refiro somente ao perigo da sexualidade.  Eu me refiro também às pessoas que querem me transformar em “propriedade privada”. Querem depositar sobre mim o seu universo de carências e necessidades, iludidas de que eu sou o redentor de suas vidas.
Contra a castidade de um padre se peca de diversas formas. É preciso pensar sobre isso. Não se trata de casar ou não. Casamento não resolve os problemas do mundo. Nem sempre o casamento acaba com a solidão. Vejo casais em locais públicos em profundo estado de solidão. Não trocam palavras, nem olhares. Não descobriram a beleza dos detalhes que a castidade sugere.
Fizeram sexo demais, mas amaram de menos. Faltou castidade, encontro frutuoso, amor que não carece de sexo o tempo todo, porque sobrevive de outras formas de carinho. É por isso que eu continuo aqui, lutando pelo direito de ser só, sem que isso pareça neurose ou imposição que alguém me fez.  Da mesma forma que eu continuo lutando para que os casais descubram que o casamento também não é uma imposição.  Só se casa aquele que quer.
Por isso perguntamos sempre – É de livre e espontânea vontade que o fazeis? – É simples. Castos ou casados, ninguém está livre das obrigações do amor.  A fidelidade é o rosto mais sincero de nossas predileções.  A graça desça sobre cada um de vocês, meus filhos! Que Deus lhes abençoe em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo  AMÉM!
Autor: Desconhecido. Difusão: Geraldo Pori de Araújo. 27/12/2011   

A GERAÇÃO DOS ANOS DOURADOS



Eu pertenço a uma geração que deixou saudade. Que viveu a vida com respeito, com charme, com romantismo. E com intensidade. Que navegou  em mar de almirante  no que hoje chamam de anos dourados. E olha que o mar nem era tão de almirante assim. Tivemos lá nossas tormentas, Mas soubemos enfrentá-las e vencê-las. Sempre com o peito aberto e a cabeça erguida e com dignidade.
Soubemos degustar o suco da vida, sem destroçar o fruto. Usufruir a natureza, sem estuprá-la. É, meu amigo, eu pertenço a uma geração que deixou e sente saudade. Uma geração que não teve medo de ser feliz. E nem vergonha. Uma geração que via Copacabana como a ‘‘Princesinha do Mar.’’
Que conhecia São Paulo como a elegante e charmosa terra da garoa é para nós, o Brasil era o grande país do futuro. Hoje, a princesinha casou,teve filhos. E mudou sem deixar endereço.  Dizem até que, hoje, já nem vai mais à praia. São Paulo cresceu, engordou.  Perdeu o charme e a garoa.  Quem viu nem reconhece.
Já o Brasil, ah o Brasil! Continua sendo o país do futuro. Mas do jeito que a coisa anda, só não sabemos que futuro  será esse. Eu pertenço a uma geração que viu o biquíni nascer.  E não viu nada além. Agora, mulher de biquíni é como mina abandonada. Quando se chega, já não resta nada pra explorar.
Eu pertenço a uma geração que viu Mitchun, Waynne e Cooper transformarem em romantismo os horrores de uma guerra. Hoje, se você descuida a guerra sai da TV e cai em sua sala.
Suja, violenta, cruel. E por falar em TV, também foi na minha geração que ela nasceu. Primária, incipiente, amadorística.
Mas limpa, emocionante, querendo vencer. E sem apelações. Tanto que o primeiro beijo na TV até hoje é cantado em prosa e verso. Agora beijo é no horário infantil.
Sexo fica prá sessão vespertina.  E o explícito nas novelas da noite. E pensar que a gente se emocionava muito mais com Chaplin,  que sequer falava. Ah, eu pertenço a uma geração que namorava nas  matinês dos domingos, comendo pipocas, chupando dropes. Que esperava o filme começar prá buscar a emoção de um beijo roubado.
Hoje a chupação começa bem antes. E o escracho dos motéis acabou com o doce mistério do escurinho do cinema.  Só Rita Lee, lembra disso. É seu moço, eu pertenço a uma geração que encarava a virgindade como virtude. Não como vergonha. Que usava camisinha como preservativo, não como meio de sobrevivência.
Eu pertenço a uma geração que estudava prá ficar culta e vencer na vida.  Não prá ficar esperta e ganhar a vida. Uma geração que desprezava agiotas. E olha que cobravam só 5% ao mês. Agora tem banqueiro que cobra 15% e continua em  liberdade. Até sai em coluna social.
Sabe, meu amigo, eu pertenço a uma geração que tinha respeito pela autoridade. Não medo. Que manifestava amor pela Pátria.  Não deboche. Uma geração que valorizava a amizade.
Não o interesse. Que se fascinou com os novos aviões. Sem deixar de ter carinho pelos velhos bondes. Uma geração que amava, não tinha, tesão. Respeitava, mesmo quando havia cobiça. Que fazia coisas bobas, como abrir a porta para uma mulher. Puxar a cadeira prá ela sentar.
Que oferecia seu lugar no ônibus para uma senhora. Mesmo que nem fosse tão senhora. É meu caro, da minha geração, vai deixar saudade. Ela viveu anos dourados de verdade. E intensamente. Com pique, com atenção, com alegria. E dizer que a gente era feliz... E nem  Música sabia: Imagine - John Lennon. Autor: Desconhecido. Diofusão: Geraldo Porci de Araújo. 23/12/2011. 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

ESTÁS DISTRAÍDO. (ABSURDAMENTE MARAVILHOSO!)



Não estás, deprimido, Uma reflexão extraordinária escrita por Facundo Cabral      Facundo Cabral é um cantor Argentino, nascido em 22 de maio de 1937 na cidade de Balcarce, província de Buenos Aires, Argentina.
     Cabral teve uma infância dura e desprotegida, tornando-se um marginal, a ponto de ser internado em um reformatório. Em pouco tempo conseguiu escapar e, segundo conta, encontrou Deus nas palavras de Simeão, um velho vagabundo
     Influenciado, no lado espiritual, por Jesus, Gandhi e Madre Teresa de Calcutá, na literatura por Borges e Walt Whitman, sua vida toma um rumo espiritual de observação constante em tudo o que acontece em seu redor, não se conformando com o que vê.
     Em reconhecimento do seu constante apelo à paz e amor, em 1996, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) o declarou "Mensageiro Mundial da Paz”.
 Admirem as imagens -  mensagens divinas de beleza da Natureza,  e meditem sobre o texto, nos belos acordes musicais de TCHAIKOVSKY.
Nao estás deprimido estás distraído…Distraído em relação à vida que te preenche,.. Distraído em relação à vida que te rodeia -  Golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios.
Não caias como caiu teu irmão que sofre por um único ser  humano,  quando existem cinco mil e seiscentos milhões no mundo.  Além de tudo, não é assim tão ruim viver só.
Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, e graças à solidão conheço-me…   o que é fundamental para viver.
Não faças o que fez teu pai, que se sente velho porque tem setenta anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta. 
Rubinstein interpretava Chopin com uma maestria sem igual aos noventa, para citar apenas dois casos conhecidos.
Não estás deprimido, estás distraído. Por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado.  Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não és dono de coisa alguma.
Além disso, a vida não te tira coisas: te liberta de coisas… alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude.
Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso, o que chamas de problemas são apenas lições. Não perdeste coisa alguma.
Aquele que morre, apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direção. E não esqueças, que o melhor dele, o amor, continua vivo em teu coração.
Não existe a morte...  Apenas a mudança.
E do outro lado te esperam pessoas maravilhosas: Gandhi, o Arcanjo Miguel, Whitman, São Agostinho, Madre Teresa, teu avô e minha mãe, que acreditava que a pobreza está mais próxima do amor, porque o dinheiro nos distrai com coisas demais, e nos machuca, porque nos torna desconfiados.
Faz apenas o que amas e serás feliz. Aquele que faz o que ama está benditamente condenado ao sucesso, que chegará quando for a hora, porque o que deve ser será, e chegará de forma natural. Não faças coisa algu-ma por obrigação ou por compromisso, apenas por amor.
Então terás plenitude, e nessa plenitude tudo é possível sem esforço, porque és movido pela força natural da vida, a mesma que me ergueu quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha;  a mesma que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida.
Deus te tornou responsável por um ser humano, que és tu.  Deves trazer felicidade e liberdade para ti mesmo. E só então poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros.
Aliás, a felicidade não é um direito, mas um dever; porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os teus vizinhos. Um único homem que não possuiu talento ou valor para viver, mandou matar seis milhões de judeus, seus irmãos.
Existem tantas coisas para experimentar, e a nossa pas-sagem pela terra é tão curta, que sofrer é uma perda de tempo. 
Podemos experimentar a neve no inverno e as flores na primavera, o chocolate de Perusa, a baguette francesa, os tacos mexicanos, o vinho chileno, os mares e os rios, o futebol dos brasileiros…
As Mil e Uma Noites, a Divina Comédia, Quixote, Pedro Páramo, os boleros de Manzanero e as poesias de Whitman; a música de Mahler, Mozart, Chopin, Beethoven; as inturas de Caravaggio, Rembrandt, Velázquez, Picasso e Tamayo, entre tantas maravilhas.
As Mil e Uma Noites, a Divina Comédia, Quixote, Pedro Páramo, os boleros de Manzanero e as poesias de Whitman; a música de Mahler, Mozart, Chopin, Beethoven; as inturas de Caravaggio, Rembrandt, Velázquez, Picasso e Tamayo, entre tantas maravilhas.
Se tu vences, serás mais humilde, mais agradecido... Portan-to, facilmente feliz, livre do enorme peso da culpa, da res-ponsabilidade e da vaidade, disposto a viver cada instante profundamente, como deve ser.
Não estás deprimido, estás desocupado. Ajuda a criança que precisa de ti, essa criança que será sócia do teu filho. Ajuda os velhos e os jovens te ajudarão quando for tua vez. Aliás, o ser-viço prestado é uma forma segura de ser feliz, como é gostar da natureza e cuidar dela para aqueles que virão.
Dá sem medida, e receberás sem medida. Ama até que te tornes o ser amado; mais ainda, converte-te no próprio Amor. E não te deixes enganar por alguns homicidas e suicidas.
O bem é maioria, mas não se percebe porque é silencioso.  Uma bomba faz mais barulho que uma carícia, porém, para cada bomba que destrói há milhões de carícias que alimentam a vida. Vale a pena, não é mesmo?
Se Deus possuisse uma geladeira, teria a tua foto pregada nela. Se ele possuisse uma carteira, tua foto estaria nela. Ele te envia flores a cada pimavera. Ele te envia um amanhecer a cada manhã. Cada vez que desejas falar, Ele te escuta. Ele poderia viver em qualquer ponto do Universo, mas escolheu o teu coração. Encara, amigo, Ele está  louco por ti!
Manda esta mensagem a cada “linda pessoa" que desejes abençoar. Deus não te prometeu dias sem dor, riso sem tristeza, sol sem chuva, porém Ele prometeu força para cada dia, consolo para as lágrimas, e luz para o caminho.
“Quando a vida te trouxer mil razões para chorar, mostra que tens mil e uma razões para sorrir” TEXTOS: FACUNDO CABRAL. Autor: Desconhecido. Difusão: Geraldo Porci de Araújo.  

A GERAÇÃO DOS ANOS DOURADOS



Eu pertenço a uma geração que deixou saudade. Que viveu a vida com respeito, com charme, com romantismo. E com intensidade. Que navegou  em mar de almirante  no que hoje chamam de anos dourados. E olha que o mar nem era tão de almirante assim. Tivemos lá nossas tormentas, Mas soubemos enfrentá-las e vencê-las. Sempre com o peito aberto e a cabeça erguida e com dignidade.
Soubemos degustar o suco da vida, sem destroçar o fruto. Usufruir a natureza, sem estuprá-la. É, meu amigo, eu pertenço a uma geração que deixou e sente saudade. Uma geração que não teve medo de ser feliz. E nem vergonha. Uma geração que via Copacabana como a ‘‘Princesinha do Mar.’’
Que conhecia São Paulo como a elegante e charmosa terra da garoa é para nós, o Brasil era o grande país do futuro. Hoje, a princesinha casou,teve filhos. E mudou sem deixar endereço.  Dizem até que, hoje, já nem vai mais à praia. São Paulo cresceu, engordou.  Perdeu o charme e a garoa.  Quem viu nem reconhece.
Já o Brasil, ah o Brasil! Continua sendo o país do futuro. Mas do jeito que a coisa anda, só não sabemos que futuro  será esse. Eu pertenço a uma geração que viu o biquíni nascer.  E não viu nada além. Agora, mulher de biquíni é como mina abandonada. Quando se chega, já não resta nada pra explorar.
Eu pertenço a uma geração que viu Mitchun, Waynne e Cooper transformarem em romantismo os horrores de uma guerra. Hoje, se você descuida a guerra sai da TV e cai em sua sala.
Suja, violenta, cruel. E por falar em TV, também foi na minha geração que ela nasceu. Primária, incipiente, amadorística.
Mas limpa, emocionante, querendo vencer. E sem apelações. Tanto que o primeiro beijo na TV até hoje é cantado em prosa e verso. Agora beijo é no horário infantil.
Sexo fica prá sessão vespertina.  E o explícito nas novelas da noite. E pensar que a gente se emocionava muito mais com Chaplin,  que sequer falava. Ah, eu pertenço a uma geração que namorava nas  matinês dos domingos, comendo pipocas, chupando dropes. Que esperava o filme começar prá buscar a emoção de um beijo roubado.
Hoje a chupação começa bem antes. E o escracho dos motéis acabou com o doce mistério do escurinho do cinema.  Só Rita Lee, lembra disso. É seu moço, eu pertenço a uma geração que encarava a virgindade como virtude. Não como vergonha. Que usava camisinha como preservativo, não como meio de sobrevivência.
Eu pertenço a uma geração que estudava prá ficar culta e vencer na vida.  Não prá ficar esperta e ganhar a vida. Uma geração que desprezava agiotas. E olha que cobravam só 5% ao mês. Agora tem banqueiro que cobra 15% e continua em  liberdade. Até sai em coluna social.
Sabe, meu amigo, eu pertenço a uma geração que tinha respeito pela autoridade. Não medo. Que manifestava amor pela Pátria.  Não deboche. Uma geração que valorizava a amizade.
Não o interesse. Que se fascinou com os novos aviões. Sem deixar de ter carinho pelos velhos bondes. Uma geração que amava, não tinha, tesão. Respeitava, mesmo quando havia cobiça. Que fazia coisas bobas, como abrir a porta para uma mulher. Puxar a cadeira prá ela sentar.
Que oferecia seu lugar no ônibus para uma senhora. Mesmo que nem fosse tão senhora. É meu caro, da minha geração, vai deixar saudade. Ela viveu anos dourados de verdade. E intensamente. Com pique, com atenção, com alegria. E dizer que a gente era feliz... E nem  Música sabia: Imagine - John Lennon. Autor: Desconhecido. Diofusão: Geraldo Porci de Araújo. 23/12/2011. 

PARA SABEREM QUEM É QUE MANDA



A Lei da Palmada é produto do politicamente correto, que tem por objetivo submeter liberdade e consenso às rédeas de dissensos minoritários. E é mais uma intromissão do Estado na vida privada. Bastaria isso para determinar sua rejeição. Mas ela passou na Câmara dos Deputados e segue a toque da caixa para o Senado. A pedagogia do politicamente correto está produzindo alunos que batem nos professores, mas está convencida de que falta um pouco mais do mesmo. Vale dizer, ainda menos disciplina parece ainda mai porradas, e bullying.
Tudo isso é certo e sabido. Mas o que não se diz é que a Lei da Palmada! É irmã da Lei doa Desarmamento, do PNDH-3, do vestibular do ENEM, da Lei de Quotas Raciais, do perfil que deram ao STF, da Lei da Homofobia, do marco regulatório da imprensa e por aí vai. Ou seja, não se diz, ou pouco se diz, que há uma ideologia soprando essa praga sobre as famílias brasileiras assim como o vento espalha fungos nas lavouras. É a ideologia do totalitarismo, que implica um Estado com o monopólio da força e com amplas funções modeladoras em relação às instituições da sociedade, entre elas a instituição familiar (quando deveriam ser estas a orientar e domar o Estado!). Recentemente, em programa de tevê, uma pedagoga integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente pregava: "O Estado tem o dever de educar a sociedade para novos padrões de conduta". Ela estava convencida, por essa ideologia maldita, que é obrigação do Estado comandar o leitor destas linhas não apenas sobre coisas como declarar sua renda ou se comportar no trânsito, mas sobre como educar seus filhos. O melhor castigo, dizia um psicólogo que aplaudia a aprovação da lei na Câmara dos Deputados, é substituir uma atividade prazerosa da criança por outra menos prazerosa. Punição, como tal, nunca papai. Nunca mamãe. E depois, bem feito: agüentem os malfeitos que virão.
     Os corretos limites do uso da força já estão dados tanto no Código Civil (perdem o pátrio poder os pais que castigarem imoderadamente os filhos), no Código Penal (punições para casos graves de violência contra crianças e adolescentes) e no E C A, (idem). Não era necessária qualquer legislação especial. A estratégia adotada para aprovação da lei na Câmara consistiu em levar o debate como se houvesse dois blocos: os contra a palmada e os a favor da palmada. Haverá alguém a favor da palmada? Alguém é a favor da quimioterapia? No entanto, há situações concretas no ambiente familiar que se resolvem com a simples possibilidade da aplicação de uma palmada.
     Transformá-la em tema de lei federal, objeto de delação, é completa demasia que nasce, forçosamente, de uma visão totalitária de Estado. Não hesito em afirmar que prejudiciais, mesmo, ao desenvolvimento saudável das crianças são outras coisas muito frequentes na sociedade. A saber: 1) a educação permissiva, que não estabelece limites da franqueia acesso aos vícios socialmente tolerados e não tolerados; 2) a indiferença dos pais em relação ao que fazem os filhos e ao seu preparo para a aventura de viver; e 3) a violência verbal, que faz decair o mútuo respeito e a autoridade paterna.
     A afirmação de que a palmada introduz a violência na instituição familiar é cristalinamente falsa. A violência entra em casa pela janela, pela porta da rua, pela antena da tevê, pelo bar da esquina e pelo beco onde se aloja o traficante. Ante elas, a eventual palmadinha educativa é o que de fato significa: sinal de amor que educa. Ao contrário do que pensam a deputada Maria do Rosário e seus colegas que aprovaram o projeto, essa lei não coibirá a violência contra as crianças. Se os três instrumentos já existentes (Código Civil, Código Penal e ECA) não conseguiram coibir os maus tratos dentro de casa, não contiveram os pais abusadores e violentos, não será uma lei que proíbe a palmada aplicada pelos pais amorosos e responsáveis que vai produzir isso. O que ela fará é ensinar às crianças (até porque prevê aulas de esclarecimento nas escolas) que é o Estado quem manda naquele pedaço que elas chamam de minha casa, meu barraco, meu apê, minha família.
Autor: Percival Puggina (66) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões. Difusão; Geraldo Porci de Araújo. 20/12/2011.

DA DEMOCRACIA



Percival Puggina,  Óleo em tela Garret Vam Henthorest, 1622. “ Queres Cantar Louvores a Deus? Sendo vós  mesmos a cantar que ides Cantar” St. Agostinha, esc. JV Natal 2011.
"Mentem, sobretudo, impune/mente. Não mentem tristes. Alegremente mentem. Mentem tão nacional/mente que acham que mentindo história afora, vão enganar a morte eterna/mente." (Do poema A implosão da mentira, de Affonso Romano de Sant'Anna, escrito em 1980) Para a jornalista Ann Landers, a verdade é nua, ao passo que a mentira é sempre bem vestida. Com efeito, a mentira é vestida para seduzir e induzir ao erro.
Há um problema grave na vida social, portanto, quando a mentira se vulgariza, ganha status de direito e passa a ser tolerada como conduta normal. Na minha infância, a mentira determinava repreensões severas e era sancionada no catálogo das penas. Mas o sermão acabava sendo ainda mais contundente do que a punição. Hoje, a mentira pode ser pública, pode ser publicada, pode aparecer nas manchetes.
Pouco importa. Ela é acolhida entre as artes e ofícios da vida social. Poderia estar falando de futebol e das mãos do atleta, espalmadas e erguidas, significando "Nem toquei nele!" quando joga o adversário para fora do campo com um pontapé que todos viram. Essa é uma das mais correntes e curiosas expressões da mentira. Mentira gestual, silenciosa. Mas não é sobre futebol que escrevo, embora o retângulo gramado, que nos desperta tantas paixões, seja palco de algumas mentiras cabeludas contadas ao país.
É sobre política. Há conheci como espaço onde, não raro, uma mesma verdade comportava diferentes interpretações, visões incompletas, em versões iluminadas pelas lanternas das distintas ideologias. Parte da tarefa dos agentes políticos consistia em tornar mais convincente sua peculiar perspectiva perante o juízo soberano do eleitorado. Tolerava-se, dentro de certos limites, de uma, certa diferença entre a conduta de quem chegava ao governo e o discurso que fizera na oposição. Nesse caso, as fronteiras do juízo moral precisavam ser um pouco flexíveis em função do que houvesse dentro dos armários da realidade, como parte oculta da verdade não destapada durante a dialética da campanha eleitoral.
As coisas foram mudando. Mente-se industrial e impunemente, como descreve o poema acima. Mente-se com insistência, corroborando o dito popular de que é mais fácil crer numa mentira repetida muitas vezes do que numa verdade desconhecida ou pouco proferida. Julgo ser isso que o poeta chamou de mentir história afora.
Uma coisa é o que assumimos, individualmente, como verdadeiro; outra é a mentira. Uma coisa é o ajuste fino entre o discurso e a ação, imposto pela realidade; outra é a incoerência absoluta.
E tem mais: uma coisa é estar no jogo democrático sendo democrata; outra é usar a democracia contra a democracia. A mentira, a incoerência e os falsos democratas, que querem calar o contraditório, fraudam o processo dentro do qual se desenrola a soberania popular e alteram o resultado do jogo político assim como o atleta que simula pênalti não sofrido frauda o resultado da partida.
A política brasileira teria muito a ganhar se nos tornássemos moralmente mais exigentes em relação aos desdobramentos do debate político. O dinheiro na gaveta ou alhures não é a única forma de corrupção que precisa ser combatida. É bom que a avaliemos com a gravidade que tem. Mas sem perder de vista que há outras. A democracia também é corrompida pela mentira, pela incoerência e pelos não democratas que dela se valem para cobrar direitos que não franqueariam se deles pudessem dispor. Zero Hora, 18/12/2011
Autor: Percival Puggina. Difusão: Geraldo Porci de Areaújo     

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


PARA SABEREM QUEM É QUE MANDA
A Lei da Palmada é produto do politicamente correto, que tem por objetivo submeter liberdade e consenso às rédeas de dissensos minoritários. E é mais uma intromissão do Estado na vida privada. Bastaria isso para determinar sua rejeição. Mas ela passou na Câmara dos Deputados e segue a toque da caixa para o Senado. A pedagogia do politicamente correto está produzindo alunos que batem nos professores, mas está convencida de que falta um pouco mais do mesmo. Vale dizer, ainda menos disciplina parece ainda mai porradas, e bullying.
Tudo isso é certo e sabido. Mas o que não se diz é que a Lei da Palmada! É irmã da Lei doa Desarmamento, do PNDH-3, do vestibular do ENEM, da Lei de Quotas Raciais, do perfil que deram ao STF, da Lei da Homofobia, do marco regulatório da imprensa e por aí vai. Ou seja, não se diz, ou pouco se diz, que há uma ideologia soprando essa praga sobre as famílias brasileiras assim como o vento espalha fungos nas lavouras. É a ideologia do totalitarismo, que implica um Estado com o monopólio da força e com amplas funções modeladoras em relação às instituições da sociedade, entre elas a instituição familiar (quando deveriam ser estas a orientar e domar o Estado!). Recentemente, em programa de tevê, uma pedagoga integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente pregava: "O Estado tem o dever de educar a sociedade para novos padrões de conduta". Ela estava convencida, por essa ideologia maldita, que é obrigação do Estado comandar o leitor destas linhas não apenas sobre coisas como declarar sua renda ou se comportar no trânsito, mas sobre como educar seus filhos. O melhor castigo, dizia um psicólogo que aplaudia a aprovação da lei na Câmara dos Deputados, é substituir uma atividade prazerosa da criança por outra menos prazerosa. Punição, como tal, nunca papai. Nunca mamãe. E depois, bem feito: agüentem os malfeitos que virão.
     Os corretos limites do uso da força já estão dados tanto no Código Civil (perdem o pátrio poder os pais que castigarem imoderadamente os filhos), no Código Penal (punições para casos graves de violência contra crianças e adolescentes) e no E C A, (idem). Não era necessária qualquer legislação especial. A estratégia adotada para aprovação da lei na Câmara consistiu em levar o debate como se houvesse dois blocos: os contra a palmada e os a favor da palmada. Haverá alguém a favor da palmada? Alguém é a favor da quimioterapia? No entanto, há situações concretas no ambiente familiar que se resolvem com a simples possibilidade da aplicação de uma palmada.
     Transformá-la em tema de lei federal, objeto de delação, é completa demasia que nasce, forçosamente, de uma visão totalitária de Estado. Não hesito em afirmar que prejudiciais, mesmo, ao desenvolvimento saudável das crianças são outras coisas muito frequentes na sociedade. A saber: 1) a educação permissiva, que não estabelece limites da franqueia acesso aos vícios socialmente tolerados e não tolerados; 2) a indiferença dos pais em relação ao que fazem os filhos e ao seu preparo para a aventura de viver; e 3) a violência verbal, que faz decair o mútuo respeito e a autoridade paterna.
     A afirmação de que a palmada introduz a violência na instituição familiar é cristalinamente falsa. A violência entra em casa pela janela, pela porta da rua, pela antena da tevê, pelo bar da esquina e pelo beco onde se aloja o traficante. Ante elas, a eventual palmadinha educativa é o que de fato significa: sinal de amor que educa. Ao contrário do que pensam a deputada Maria do Rosário e seus colegas que aprovaram o projeto, essa lei não coibirá a violência contra as crianças. Se os três instrumentos já existentes (Código Civil, Código Penal e ECA) não conseguiram coibir os maus tratos dentro de casa, não contiveram os pais abusadores e violentos, não será uma lei que proíbe a palmada aplicada pelos pais amorosos e responsáveis que vai produzir isso. O que ela fará é ensinar às crianças (até porque prevê aulas de esclarecimento nas escolas) que é o Estado quem manda naquele pedaço que elas chamam de minha casa, meu barraco, meu apê, minha família.
Autor: Percival Puggina (66) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões. Difusão; Geraldo Porci de Araújo. 20/12/2011.


DA DEMOCRACIA
Percival Puggina,  Óleo em tela Garret Vam Henthorest, 1622. “ Queres Cantar Louvores a Deus? Sendo vós  mesmos a cantar que ides Cantar” St. Agostinha, esc. JV Natal 2011.
"Mentem, sobretudo, impune/mente. Não mentem tristes. Alegremente mentem. Mentem tão nacional/mente que acham que mentindo história afora, vão enganar a morte eterna/mente." (Do poema A implosão da mentira, de Affonso Romano de Sant'Anna, escrito em 1980) Para a jornalista Ann Landers, a verdade é nua, ao passo que a mentira é sempre bem vestida. Com efeito, a mentira é vestida para seduzir e induzir ao erro.
Há um problema grave na vida social, portanto, quando a mentira se vulgariza, ganha status de direito e passa a ser tolerada como conduta normal. Na minha infância, a mentira determinava repreensões severas e era sancionada no catálogo das penas. Mas o sermão acabava sendo ainda mais contundente do que a punição. Hoje, a mentira pode ser pública, pode ser publicada, pode aparecer nas manchetes.
Pouco importa. Ela é acolhida entre as artes e ofícios da vida social. Poderia estar falando de futebol e das mãos do atleta, espalmadas e erguidas, significando "Nem toquei nele!" quando joga o adversário para fora do campo com um pontapé que todos viram. Essa é uma das mais correntes e curiosas expressões da mentira. Mentira gestual, silenciosa. Mas não é sobre futebol que escrevo, embora o retângulo gramado, que nos desperta tantas paixões, seja palco de algumas mentiras cabeludas contadas ao país.
É sobre política. Há conheci como espaço onde, não raro, uma mesma verdade comportava diferentes interpretações, visões incompletas, em versões iluminadas pelas lanternas das distintas ideologias. Parte da tarefa dos agentes políticos consistia em tornar mais convincente sua peculiar perspectiva perante o juízo soberano do eleitorado. Tolerava-se, dentro de certos limites, de uma, certa diferença entre a conduta de quem chegava ao governo e o discurso que fizera na oposição. Nesse caso, as fronteiras do juízo moral precisavam ser um pouco flexíveis em função do que houvesse dentro dos armários da realidade, como parte oculta da verdade não destapada durante a dialética da campanha eleitoral.
As coisas foram mudando. Mente-se industrial e impunemente, como descreve o poema acima. Mente-se com insistência, corroborando o dito popular de que é mais fácil crer numa mentira repetida muitas vezes do que numa verdade desconhecida ou pouco proferida. Julgo ser isso que o poeta chamou de mentir história afora.
Uma coisa é o que assumimos, individualmente, como verdadeiro; outra é a mentira. Uma coisa é o ajuste fino entre o discurso e a ação, imposto pela realidade; outra é a incoerência absoluta.
E tem mais: uma coisa é estar no jogo democrático sendo democrata; outra é usar a democracia contra a democracia. A mentira, a incoerência e os falsos democratas, que querem calar o contraditório, fraudam o processo dentro do qual se desenrola a soberania popular e alteram o resultado do jogo político assim como o atleta que simula pênalti não sofrido frauda o resultado da partida.
A política brasileira teria muito a ganhar se nos tornássemos moralmente mais exigentes em relação aos desdobramentos do debate político. O dinheiro na gaveta ou alhures não é a única forma de corrupção que precisa ser combatida. É bom que a avaliemos com a gravidade que tem. Mas sem perder de vista que há outras. A democracia também é corrompida pela mentira, pela incoerência e pelos não democratas que dela se valem para cobrar direitos que não franqueariam se deles pudessem dispor. Zero Hora, 18/12/2011
Autor: Percival Puggina. Difusão: Geraldo Porci de Areaújo     

APENAS UMA CONSTATAÇÃO
Se atravessares a fronteira da coréia  do norte ilegalmente, és condenado a 12 anos de trabalho forçado. - se atravessar a fronteira iraniana ilegalmente, é detido sem limite de prazo. - se atravessarem a fronteira afegã ilegalmente, és alvejado. – se atravessar a fronteira da arábica saudita ilegalmente, será preso. -  se atravessares a fronteira chinesa ilegalmente, nunca mais ninguém ouvirá falar de ti. – se atravessares a fronteira venezuelana, será considerado um espião e o teu destino está traçado. – se atravessares a fronteira cubana ilegalmente, - serás atirado para dentro de navio para os e. U. A. – mas, se entrares por alguma fronteira do Brasil ilegalmente... Terás obrigatoriamente: - um abrigo... - um trabalho... -  carta de motorista... - cartão cidadão (Isso) de saúde... - segurança social... -  crédito família... -  cartão de  credito... - renda de casa subsidiada  CDHU ou empréstimo bancário para a sua compra... - escolaridade gratuita... - serviço nacional de saúde gratuita... -  um representante  no parlamento... – pode votar, e mesmo concorrer a um cargo público... -ou mesmo fundares o teu próprio partido político! E... - se eu quiser impedir, serei considerado racista! Sem dúvida que parece irreal, mas é a mais pura das verdades! Será que o poeta Antonio Diniz: “ha tantos burros mandando em homens de inteligência, que ás vezes,  fico  pesando  se a burrice não será uma ciência.” Agora me respondem: o que será acontecido com este pais? Enquanto pensam... Abraços. Rubens  Abreu. Marília-sp. Autor: desconhecido.
DIFISÃO: GERALDO PORCI DE ARAÚJO. 17/12/2011 

sábado, 17 de dezembro de 2011

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

EXTRA! CASAMENTO NO PLANALTO!



Dilma confessa que também ama Lupi e marca casamento Dilma prometeu amá-lo, respeitá-lo e mantê-lo seja no Trabalho, na Saúde ou na Pesca. BRASÍLIA – Segundo boletim médico liberado pelo Planalto, logo após ouvir a declaração de amor do ministro do Trabalho Carlos Lupi, feita em rede nacional, a presidenta Dilma foi acometida de palpitações e calores generalizados.
Semi desfalecida, a presidenta convocou as ministras Ideli Salvatti e Gleisi Hoffman, além de sua mãe. Depois de uma demorada conversa, na qual houve choro, a primeira mandatária confessou ao grupo que também acalentava sentimentos complexos em relação á Lupi.
Horas depois, em entrevista ao vivo no Jornal dá Globo: A Dilma batucou um  arefrão da Raça Negra: "O amor faz a gente enlouquecer, faz a gente dizer coisas, pra depois se arrepender. Mas depois, vem aquele calafrio e o medo da solidão faz perder o desafio". Findo o último o verso, a presidenta piscou para a câmera e sussurrou: "Luto, essa é para você". A seguir, fez um coração com as mãos.
Pela manhã, os dois enamorados se encontraram no Parque da Cidade,  bucólico jardim no Rio de Janeiro conhecido por gerações de noivos que ali registram as fotografias de seus enlaces amorosos. 
Repórteres presentes à cena informaram que os dois chegaram num Monza azul, Dilma guiando e Lupi no banco do carona. Em comentário chistoso, o Ministro confidenciou a um cinegrafista da Rede TV! Que lhe parecia algo exagerada a quantidade de laquê do penteado presidencial.
Seguiram-se as belas formalidades. Vestido em trajes búlgaros, Lupi abriu uma caixa com a logomarca dá Vale do Rio Doce e de lá sacou duas alianças de ouro.
Com olhar republicano fixado na presidenta, pôs-se então a solfejar:
"Esse metal precioso foi garimpado no coração do Brasil com o suor de trabalhadores qualificados por ONGs de inclusão social. Aceite esse sacrifício de nosso povo e sele de uma vez por todas a nossa eterna aliança". 
Os assessores próximos à cena não contiveram a emoção ao registrar a resposta de Dilma: "Aceito, mas você terá de pedir minha mão para mamãe". Os dedos carmesins do crepúsculo mal avançavam sobre o céu fluminense quando decidiram - se marcar as bodas. 
Michel Temer ligou para exigir que todos os padrinhos sejam vinculados ao PMDB. O partido, que também ficou responsável pela organização da cerimônia, estabeleceu convênios com doze ONGs que irão coordenar todos os aspectos do núbil evento. 
"Compramos dezoito sacos de arroz para atirar sobre os noivos, e conseguimos fechar o contrato em prestações de R$ 3 milhões", explicou o vice-presidenteido com a notícia, Edison Lobão prometeu recorrer ao STF para anu lamento do casamento..
 Mas eu ti amo... Eu também! A casa da MAM Joana – adaptação  amor bandido. A partir de agora, qualquer corrupto que fizer uma declaração de amor pública para a "presidenta" dela poderá ouvir: "que crise? O passado já passou, disse alguém que não lembro..." Aquele coração grande esquecerá na hora os malfeitos. Os corruptos amorosos não serão punidos, nem os seus asseclas e capangas que meteram o pé, a mão e a picareta nos cofres públicos serão incomodados. Basta amar a "presidenta" sobre todas as coisas. Amor bandido é o que importa. Nem, grita aí: "chefa, eu te amo!" Quem sabe você não ganha um helicóptero para sair de Bangu e  mais uma ONG de fachada para traficar drogas sem ser incomodado e sem prestar contas para a Justiça?  Amando a "presidenta", Nem, quem sabe você não poderá pegar uma verbinha do FAT e montar uma "capacitação" para as suas "mulas" e os seus "aviãozinhos"? Corruptos e bandidos do Brasil: Amou tá liberado!
Animações! Gratuita! Paras! E-mail – do Ingrid ima Il!
Autor: Desconhecido. Difusão: Geraldo Porco de Araújo. 16/12/2011.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

INTERESSANTE



Lei de Reforma do Congresso (emenda da Constituição do Brasil) 
Peço a cada destinatário para encaminhar este e-mail a um mínimo de vinte pessoas em sua lista de endereços, por sua vez, pedir a cada um daqueles a fazer o mesmo.
Em três dias, a maioria das pessoas no Brasil terá esta mensagem. Esta é uma idéia que realmente deve ser considerada e repassada para o povo.
1. O congressista será assalariado somente durante o mandato. E não terá  aposentadoria proveniente somente pelo mandato.
2. O Congresso contribui para o INSS. Toda a contribuição (passada, presente e futura) para o fundo atual de aposentadoria do Congresso passará para o regime  do INSS imediatamente. O Congresso participa dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria  não pode ser usado para qualquer outra finalidade.
3. Congresso deve pagar seu plano de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.
 4. Congresso deixa de votar seu próprio aumento de salário. 5. Congresso perde seu seguro atual de saúde e participa do mesmo sistema de saúde do povo brasileiro.
6. Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõem ao povo brasileiro. 7. Servir no Congresso é uma honra, não uma carreira.  Parlamentares devem servir os seus termos (não mais de 2), depois ir para casa e procurar emprego. Ex-congressista não pode ser um lobista.
Se cada pessoa repassar esta mensagem para um mínimo de vinte pessoas, em três dias a maioria das pessoas no Brasil receberá esta mensagem. A hora para esta emenda na Constituição é AGORA. É ASSIM QUE VOCÊ PODE CONSERTAR O CONGRESSO. Se você concorda com o exposto, REPASSE,  Se não, basta apagar Você é um dos meus + 20. Por favor, mantenha esta mensagem CIRCULANDO AVISO LEGAL “Esta mensagem é destinada exclusivamente para a(s) pessoa(s) a quem é dirigida, podendo conter informação confidencial e/ou legalmente privilegiada. Se você não for destinatário desta mensagem, desde já fica notificado de abster-se a divulgar, copiar, distribuir, examinar ou, de qualquer forma, utilizar a informação contida nesta mensagem, por ser ilegal.
Caso você tenha recebido esta mensagem por engano, peço que me retorne este e-mail, promovendo, desde logo, a eliminação do seu conteúdo em sua base de dados, registros ou sistema de controle. Fica desprovida de eficácia e validade a mensagem que contiver opiniões particulares e vínculos obrigacionais, expedida por quem não detenha poderes de representação por parte da ECT. "This message is intended only for the person to whom it is addressed and may contain confidential and/or legally privilégio. If you are not a recipient of this message, it is now notified of refraining to disclose; copy; distribute; examine; or in any way use the information contained in this message because it is illegal. If you have received this message in error, please I ask to return this email, promoting as soon as possible the elimination of its content in database, records or system control. It is devoid of effective and valid message that contains the private opinions and dividend bonds, issued by those not holding powers of attorney by the ECT."
Autor: Desconhecido. Difusão; Geraldo Porci de Araújo. 15/12/2011.