sábado, 27 de agosto de 2011

PARA TIRAR CO2 DO AR, ÁRVORES DE PLÁSTICO

Nova tecnologia é muito promissora. A maioria dos esforços de captura e seqüestro de carbono (CCS) miram as emissões de chaminés, mas custos proibitivos e tecnologias não testadas tornam improvável o sucesso deste tipo de redução.
Além disso, a tecnologia CCS só pode cortar poluição nova, e fica faltando lidar com as bilhões de toneladas de carbono que já estão na atmosfera. O problema continua pedindo uma solução urgente. Para encarar este quebra-cabeças, dois cientistas do Centro Lenfest de Energia Sustentável, da Universidade Columbia, inspiraram-se nas árvores, e criaram uma versão plástica que absorve carbono a uma taxa muito maior que a mãe natureza.
A idéia emprega a bioquímica e a "plantação" de unidades de pequena escala de "árvores"que absorvem mais CO2 que árvores de verdade, onde quer que elas sejam necessárias. "Pode-se remover CO2 de onde se quiser, e cuidar das emissões em qualquer lugar do planeta", diz Allen Wright, cientista do Centro Lenfest. "Não há nenhuma descoberta ou invenção importante que nos impediria de implantar esta tecnologia amanhã".
A nova tecnologia pode se transformar em uma commodity importante. Métodos de redução de carbono quase sempre implicam em aumentos de custos, através de equipamentos ou taxas pagas por emissões. Mas, e se o carbono capturado pudesse ser transformado em benefício econômico? Ele pode servir para recuperar petróleo, fazer bicombustível com algas, na fabricação de plásticos, e até de carbonato de cálcio - e substituir a gasolina derivada do petróleo.
"Pode-se acrescentar hidrogênio a estes átomos de carbono capturados e criar gasolina", segundo Klaus Lackner, também do Lenfest. "Tem um impacto zero no ambiente, porque está se tirando dele o carbono que a gasolina gera". Lockner diz que assim se fecha um círculo, "porque o carbono atmosférico pode ser convertido em gasolina, abastecer veículos sem precisar perfurar petróleo e ser capturado de novo pelas árvores".
Mas, como todas as inovações potenciais, esta tem dois desafios: a economia e as regulamentações, comenta a CleanTechnica. Os pesquisadores do Lenfest esperam poder vender o carbono para a indústria por cerca de U$ 30 por tonelada, o que é barato, e afirmam que uma taxa sobre emissões poderia aumentar o preço da gasolina em cerca de U$ 0.25 por galão e criar um bom mercado para o produto deles. Foto: Creative Commons. José Lucas de Freitas. Técnico em Meio Ambiente. Autor: Desconhecido. Difusão: Geraldo Porci de Araújo. 23/8/2011.

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