sábado, 12 de dezembro de 2009

CADA VEZ MAIS DESCREIO DA NOSSA JUSTIÇA

CADA VEZ MAIS DESCREIO DA NOSSA JUSTIÇA
Cada vez mais descreio da nossa Justiça. Digo isso com um aperto no peito e um nó passado no pescoço da minha cidadania. O “caso da professora” – aquela que mandou um aluno repintar pichações nas paredes da escola – acabou do modo mais lamentável possível: fez um acordo para pagar R$ 232,50, como forma de se livrar do processo criminal que lhe foi movido pela Promotora da Infância e da Adolescência.
Que uma promotora vá se ocupar de um caso desses já é falta do que fazer. Que não leve em conta o dano que o processo e sua desastrosa conclusão determinam entre os professores (no sentido de sua absoluta impotência) e entre os alunos (no sentido da demolição de todos os seus limites) é um perfeito disparate. Mas nada supera em gravidade a renúncia da professora à sua própria defesa (aceitando a multa para encerrar o processo). Esse gesto de jogar a toalha, de dar vitória ao aluno e à promotora (!) é evidência de seu descrédito no discernimento da Justiça.
E a propósito: onde anda nesse assunto o sindicato dos professores, o tal Cpers, tão ativo para quaisquer assuntos da pauta político-partidária, tão ágil na difamação e tão omisso naquilo que deveria constituir matéria relevante para seus sindicalizados? stou aqui, repito, com um aperto no peito e um nó passado no pescoço da minha cidadania. Vou sufocar a indignação, por falta de outro espaço, mas voltarei ao assunto em Zero Hora, dentro de duas semanas. Difusão: Geraldo Porci de Araújo. 12/12/09.

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