NATAL 2007
Interrogado sobre a data do fim do mundo, Jesus Cristo disse que era um segredo que Deus Pai guardava para si (Mateus 24:36). Esta resposta traz em si duas implicações lógicas inescapáveis.
Primeira: Cristo é o Logos Divino, a Razão Divina, isto é, o sistema eterno e vivente das leis que governam o cosmos e toda realidade possível. Se o conhecimento da data do fim do mundo pertence propriamente ao Pai e não ao Filho enquanto tal, isso significa que a chegada do fim não será determinada por nenhuma lei anterior, mas por um puro Ato de Vontade, expressão da Liberdade Divina e não propriamente da Razão Divina. Segunda: Se a data do fim é um mistério indeslindável, a culminação ou meta final do processo histórico humano é também incognoscível, pois qualquer estado de progresso ou decadência que possa ter sido atingido numa data precisa pode ser mudado por novos desenvolvimentos imprevistos no dia ou minuto seguintes. Uma decisão eterna do próprio Deus Pai faz com que a história humana seja um processo aberto, não limitado por quaisquer fins predeterminados, nem destinado a atingir qualquer estado de perfeição predefinido. Autor: Olavo de Carvalho

Nenhum comentário:
Postar um comentário