Artigo publicado no Jornal O Alto Uruguai, Caderno Saúde e Bem-estar, edição 2329, pg. 7, em 06 de novembro de 2010. ALMA E AMOR COMPULSIVO: O CÂNCER E OUTRAS DOENÇAS
Albert Schweitzer que foi músico, filósofo, médico, teólogo certa vez escreveu: “você já ouviu falar naquela doença da África Central chamada doença do sono? [...] Pois também existe uma doença do sono que ataca a alma. Seu aspecto mais perigoso é que a pessoa não sente que está ficando doente. E é por isso que você tem que tomar cuidado. Assim que notar o menor sinal de indiferença, no instante em que der pela falta de uma certa seriedade, por uma perda de desejo, de entusiasmo e ânimo, tome estes sinais como advertências. Você precisa compreender que sua alma sofre se você vive superficialmente”.
Assim como Albert inquiriu, a noção das relações da doença com o estado da alma vem de longe, pois há tempos pesquisas apontam a importância do estado psicológico das pessoas na eclosão dos cânceres (neoplasias), tornando assim elas propensas ou receptivas às transformações em doenças malignas.
Também sabemos que o câncer nada mais é do que a reprodução, desorganizada e anormal, de um dado tipo de célula no organismo e isso acontece onde os olhos não podem ver. Mas o médico consegue mensurar através de um exame clínico mais apurado o estrago que acontece nas entranhas da pessoa.
Do mesmo modo, aqueles que sofrem com sentimentos angustiantes, traumas mal resolvidos, solidão, culpas, autocondenação ou mesmo no decorrer de uma depressão, o organismo perde a habilidade de reconhecer e combater as células malignas contribuindo assim para elas se reproduzirem livremente, algo como o que disse Albert (com outras palavras), no início deste texto. Então, é por isso que começa a doença, qualquer que seja? Mas se ela não fazia parte do DNA, nem foi infecto-contagiosa? Qual é a possível explicação?
Tentarei responder partindo do pressuposto que corpo e alma, ou corpo e mente ou corpo e aquilo que o leitor define por outro nome, é na realidade uma coisa só. Ele é indivisível. Se uma sofre a outra parte também sofre, etc., etc., etc. Ou seja: uma é co-dependente da outra.
Vejamos: muitas vezes os portadores de câncer são também pessoas bondosas e amáveis. Amáveis e bondosas de uma forma prestativa e generosa, ou em outras palavras: de uma maneira compulsiva (obrigatória), tendendo a oferecer prioridade às necessidades dos outros (estranhos), às suas próprias. Vou explicar melhor, caro leitor: ele (a) não se ama verdadeiramente!
A maneira que encontram para (tentar), se amar foi sendo compulsivamente bondosa para os outros, pois assim pode (imagina), receber de volta o mínimo de amor que loucamente necessita. Mas como o amor recebido de volta nunca é suficiente como quer ou espera, acaba ficando mais vulnerável à enfermidade, pois internamente fica triste, abatido, frustrado e desesperançado. Ou ‘vivendo superficialmente’ como disse Albert. Muito embora externamente lute desesperadamente para transparecer totalmente amado (a) e feliz. Ou falando de outra maneira parafraseando Albert: é alguém conformado e educado por fora, mas totalmente com ódio e frustração silenciosa por dentro.
Para os incrédulos, uma das provas que a ciência conseguiu mostrar (mensurar), foi de que nos estados depressivos ou nas situações de baixa auto-estima, os níveis de anticorpos (defesas), do corpo baixem consideravelmente, aumentando com isso a probabilidade de se ficar doente. E nisso os mais céticos piamente acreditam, pois através dos exames laboratoriais foi possível medir, contar, comparar... Porém, mesmo essas pessoas que negam a importância do estado psicológico, da alma ou daquilo que a preferem chamar, unanimemente concordam que uma vez presente o diagnóstico de câncer ou outra enfermidade, aceitam e novamente concordam que os traços da personalidade, ou mesmo a maneira, o jeito, ou o tipo de humor que o enfermo vai encarar a doença influenciará e muito na luta pela vida. Sim, caro leitor, pois como bem sabemos..., os que se entregam para a doença morrem logo.
Mas, felizmente, isso não acontece com aqueles que lutam e cultivam a esperança na vida e pela vida, pois legitimamente querem viver demonstrando atitudes de caráter prático, lutando por si mesmo, não se limitando apenas em aceitar passivamente o que de doloroso dizem as pessoas, os exames ou a própria medicina. Esses realmente sobrevivem. Eles evoluem melhor, vivem melhor e até curam-se verdadeiramente. Ficam curados porque, se a doença se origina a partir daquilo que a pessoa reflete como bem vimos, então porque a cura também não pode ser gerada a partir daquilo que ela nutre, deseja ou alimenta nos verdadeiros pensamentos? Além do mais, sei que é doloroso dizer isto, mas mesmo que venha a morrer, o acalento é que o tempo transcorrido entre o conhecimento da doença e a morte será possivelmente não só maior, como também melhor em se tratando de bem-estar e qualidade dos dias vividos com aqueles que lhe amam incondicionalmente.
feliz de quem atravessa a vida inteira tendo mil razões para viver. Dom Helder Câmara
Autor: Desconhecido. Difusão: Geraldo Porci de Araújo. 15/11/2010.
Albert Schweitzer que foi músico, filósofo, médico, teólogo certa vez escreveu: “você já ouviu falar naquela doença da África Central chamada doença do sono? [...] Pois também existe uma doença do sono que ataca a alma. Seu aspecto mais perigoso é que a pessoa não sente que está ficando doente. E é por isso que você tem que tomar cuidado. Assim que notar o menor sinal de indiferença, no instante em que der pela falta de uma certa seriedade, por uma perda de desejo, de entusiasmo e ânimo, tome estes sinais como advertências. Você precisa compreender que sua alma sofre se você vive superficialmente”.
Assim como Albert inquiriu, a noção das relações da doença com o estado da alma vem de longe, pois há tempos pesquisas apontam a importância do estado psicológico das pessoas na eclosão dos cânceres (neoplasias), tornando assim elas propensas ou receptivas às transformações em doenças malignas.
Também sabemos que o câncer nada mais é do que a reprodução, desorganizada e anormal, de um dado tipo de célula no organismo e isso acontece onde os olhos não podem ver. Mas o médico consegue mensurar através de um exame clínico mais apurado o estrago que acontece nas entranhas da pessoa.
Do mesmo modo, aqueles que sofrem com sentimentos angustiantes, traumas mal resolvidos, solidão, culpas, autocondenação ou mesmo no decorrer de uma depressão, o organismo perde a habilidade de reconhecer e combater as células malignas contribuindo assim para elas se reproduzirem livremente, algo como o que disse Albert (com outras palavras), no início deste texto. Então, é por isso que começa a doença, qualquer que seja? Mas se ela não fazia parte do DNA, nem foi infecto-contagiosa? Qual é a possível explicação?
Tentarei responder partindo do pressuposto que corpo e alma, ou corpo e mente ou corpo e aquilo que o leitor define por outro nome, é na realidade uma coisa só. Ele é indivisível. Se uma sofre a outra parte também sofre, etc., etc., etc. Ou seja: uma é co-dependente da outra.
Vejamos: muitas vezes os portadores de câncer são também pessoas bondosas e amáveis. Amáveis e bondosas de uma forma prestativa e generosa, ou em outras palavras: de uma maneira compulsiva (obrigatória), tendendo a oferecer prioridade às necessidades dos outros (estranhos), às suas próprias. Vou explicar melhor, caro leitor: ele (a) não se ama verdadeiramente!
A maneira que encontram para (tentar), se amar foi sendo compulsivamente bondosa para os outros, pois assim pode (imagina), receber de volta o mínimo de amor que loucamente necessita. Mas como o amor recebido de volta nunca é suficiente como quer ou espera, acaba ficando mais vulnerável à enfermidade, pois internamente fica triste, abatido, frustrado e desesperançado. Ou ‘vivendo superficialmente’ como disse Albert. Muito embora externamente lute desesperadamente para transparecer totalmente amado (a) e feliz. Ou falando de outra maneira parafraseando Albert: é alguém conformado e educado por fora, mas totalmente com ódio e frustração silenciosa por dentro.
Para os incrédulos, uma das provas que a ciência conseguiu mostrar (mensurar), foi de que nos estados depressivos ou nas situações de baixa auto-estima, os níveis de anticorpos (defesas), do corpo baixem consideravelmente, aumentando com isso a probabilidade de se ficar doente. E nisso os mais céticos piamente acreditam, pois através dos exames laboratoriais foi possível medir, contar, comparar... Porém, mesmo essas pessoas que negam a importância do estado psicológico, da alma ou daquilo que a preferem chamar, unanimemente concordam que uma vez presente o diagnóstico de câncer ou outra enfermidade, aceitam e novamente concordam que os traços da personalidade, ou mesmo a maneira, o jeito, ou o tipo de humor que o enfermo vai encarar a doença influenciará e muito na luta pela vida. Sim, caro leitor, pois como bem sabemos..., os que se entregam para a doença morrem logo.
Mas, felizmente, isso não acontece com aqueles que lutam e cultivam a esperança na vida e pela vida, pois legitimamente querem viver demonstrando atitudes de caráter prático, lutando por si mesmo, não se limitando apenas em aceitar passivamente o que de doloroso dizem as pessoas, os exames ou a própria medicina. Esses realmente sobrevivem. Eles evoluem melhor, vivem melhor e até curam-se verdadeiramente. Ficam curados porque, se a doença se origina a partir daquilo que a pessoa reflete como bem vimos, então porque a cura também não pode ser gerada a partir daquilo que ela nutre, deseja ou alimenta nos verdadeiros pensamentos? Além do mais, sei que é doloroso dizer isto, mas mesmo que venha a morrer, o acalento é que o tempo transcorrido entre o conhecimento da doença e a morte será possivelmente não só maior, como também melhor em se tratando de bem-estar e qualidade dos dias vividos com aqueles que lhe amam incondicionalmente.
feliz de quem atravessa a vida inteira tendo mil razões para viver. Dom Helder Câmara
Autor: Desconhecido. Difusão: Geraldo Porci de Araújo. 15/11/2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário