domingo, 31 de outubro de 2010

AS PRINCESAS

TAIS VINHA: Era uma vez, Dilma e Marina, duas princesinhas que viviam sob a proteção do senhor seu pai, o Rei Lula. Um dia, a princesa Dilma foi reclamar com o Papi que a princesa Marina estava embaçando a construção do lago no jardim do palácio. - Pô, Papi...só porque vai afundar umas árvores e incomodar uns bagres...manda ela largar de ser chata, Papi! O Papi, que nunca escondeu quem era sua favorita, deu a maior bronca na Marina, que magoou, botou meia dúzia de saias até o joelho na trouxinha e abandonou o palácio. Depois disso o Papi chamou Dilma e disse com sua voz grossa de rei: - Dilminha, venha cá minha filha. Eu estou ficando velho e preciso de alguém pra cuidar do reino, no meu lugar. Minha escolhida é você. Dilma deu pulinhos de alegria, mas como era uma mocinha séria, logo perguntou: - Mas, Papi...quem vai cuidar da nossa casa? O palácio não pode ficar abandonado! – Chama Erenice, a criada.
Dilma ficou feliz com o sábio conselho de seu pai. Erenice, a criada, era seu braço direito e fazia tudo do jeitinho que a patroa gostava. Agora Dilma podia sair tranquila em campanha pelo reino. Antes de partir, um último real conselho: - Filha, procura aquele feiticeiro japa que deu jeito na Marta. Ele vai te deixar uma belezura! A magia do feiticeiro era poderosa. Dilma ficou irreconhecível. E durante a campanha o Papi teve de esclarecer: - Companheiros, essa é a princesa que indico para ficar no meu lugar. Como assim “quem é ela?”. É a Dilminha, pô! A preferida do meu castelo. A única com culhão pra botar ordem nesta p....de reino.
O Rei Lula era famoso por falar a linguagem do povo, para horror de uma ou outra súdita cansadinha. E quando tudo parecia um céu vermelho e estrelado para princesa repaginada, eis que Marina ressurge das cinzas do desmatamento da floresta amazônica. -Marina! Não acredito que você vai me trair. – Quem me traiu foi você, Papi! E eu também tenho direito à sucessão do reino! Dilma começou a chorar, mas o Papi a acalmou. - Filha, quem liga pra meia dúzia de bagres? Se acalme, princesa, que este reino está dominado. O povão tá tudo comigo. Até pagodeiro eu consigo eleger pra senador. E prosseguiram em campanha, certos da vitória que já era festejada por companheiros de todo o reino.
O que eles não sabiam, era que no palácio as coisas não iam tão pianinho como Dilma gostava. Erenice tinha um filho, um menino mimado e ganancioso, que logo montou um esquema de propina para o fornecimento de salsichas, cachaça e farinha para a cozinha real. O esquema estava indo muito bem, obrigado. Até que um alcaguete contou pra imprensa, que viu aí a deixa pra puxar o tapete persa da real princesa. Os súditos que liam uma tal revista Veja ficaram muito desapontados. Principalmente os que estavam fora do esquema. E o muxoxo foi geral. A pobre princesinha esperneou tanto que quase estragou o novo penteado: - Pessoal, mas o que eu tenho a ver com o filho da criada?! E o papi emendou: - Erenice pisou na bola. Podia ter sido a funcionária do mês, com foto na cozinha e tudo. A imprensa também pisou na bola. Afinal, como dizia minha pobre mãezinha analfabeta: roupa suja se lava na casa civil. E não em capa de jornal.
Os dias foram passando, a eleição se aproximando. Os súditos foram às urnas e, para surpresa de todos, tinha mais gente preocupada com os bagres e com os trambiques do filho da criada do que supunham os marqueteiros reais. O final dessa história é que Dilminha não se elegeu no primeiro turno. Agora vai ter que derreter a maquiagem em cima de palanque por mais um mês, numa disputa corpo a corpo com outro inimigo do palácio, o Sr.
Burns, patrão do Homer Simpson. Nesta altura, o papi senta-se no trono e avalia: uma criada e uma amante de árvores atrapalharam o caminho estrelado de minha escolhida. Uma esposa de olho roxo derruba meu candidato favorito ao senado. Quer saber, quem manda eu me meter com a mulherada. Na próxima eleicão, eu só quero príncipes! Alguém aí liga pro Aécio que eu preciso trocar uma idéia com aquele rapaz. Fim: Autor: Desconhecido. Difusão: Geraldo Porci de Araújo. 29/10/2010.

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