quinta-feira, 23 de abril de 2009

ESCOLA BARROCA

T-000028/ESCOLA BARROCA
A LITERATURA NO BRASIL. DE XVI A XVIII
Período Colonial: A Literatura no Brasil, durante os três séculos de Colônia, foi um reflexo da Portuguesa. Assim a era Colonial corresponde justamente às três escolas do Classicismo: Século XVI – Escola Parnasiana (Escola Quinhentista ou Romântica): Século XVII – Escola Baiana (Escola Seissentista ou Gorgénica): Século XVIII – Escola Mineira, (Escola Arcádica).
As tendências da Literatura do século XVII são análogas em quase todos os países da Europa, recebendo em cada um deles, nomes diversos. Espanha – Gongorismo; França – Preciosismo; Itália – Marianismo; Inglaterra – Eufurísmo; Alemanha – Silensianismo.
Quanto ao termo barroco discute-se ainda, a sua etimologia, (peruca cabeleira). O termo adquiriu sentido pejorativo, principalmente no campo das artes plásticas onde o abuso do emprego das curvas volutas pretendia substituir as características da arte clássica que primava pela simplicidade e harmonia de formas. Procura-se explicar a mais alta expressão do Barroquismo como uma conseqüência necessária do culto ao Classicismo. Depois que este produzira os melhores frutos, deu-se o surgimento do barroco com todos os seus exageros, resultantes de um período de transição. É preciso, todavia entender a situação política-social da época para melhor entendê-lo. O que este pretende é, conciliares duas idéias antagônicas existentes entre o Renascimento e a Idade Meda. A arte exteriorizava uma gama de sentimentos em conflitos e a literatura surge em impregnada de termos populares e estrangeirismo. O panorama literário apresenta-se confuso, razão porque são empregados os mais diversos artifícios como, por exemplo, os preciosos, “trabalhos, as perífrases, as hipérboles, os símbolos, os ecos. Assim como nas artes plásticas, a literatura se preocupa com problemas de fundo sensorial principalmente de cores”.
O barroco surgiu em conseqüência do cansaço pelas formas clássicas. Todos pretendiam reformular os preceitos até então em vigor.
Conquanto o Brasil se tivesse projetado na escultura e na arquitetura barroca, não apresentou, todavia, grandes nomes na literatura.
O teatro apresentava-se decadente em virtude da crise política causada pelos invasores, coincidindo com a epopéia das entradas e bandeiras.
A oratória adquire enorme prestigio com a presença de Antônio de Sá, Nunes Marques Pereira e Principalmente o Grande Vieira.
Na poesia destacam-se: Gregório de Matos e Guerra Botelho de Oliveira.
Pode-se afirmar que a poesia teve início nos meados do século XVII, quando aqui aportou o poeta português, Antônio Fonseca Soares, apesar de já havia encontrado aqui alguns poetas. O belo consistia no dizer coisas fáceis, porém de maneira difícil, e com rebuscada erudição. Volutas – Ornato de um capital de coluna, em forma de aspiral. Antagônicas:
Antagonismo: = Oposição de idéias ou de sistema; rivalidade: incompatibilidade.
A literatura barroca no Brasil trem estilo e filosofia portuguesa cabal e integralmente. Ainda não temos a nossa Literatura nessa época temos apenas um transplante.
AFIXAR DE O HOMEM TER FEITO TODOS ESSES MOVIMENTOS:
Ficou ainda uma dúvida que vai ser questionada abaixo. O seu relacionamento.
I – QUE É O HOMEM? O homem é um ser livre, racional e consciente pelo menos teoricamente. Sendo livre, o homem pode escolher a situação que melhor lhe convier no decorrer de sua vida. Uma coisa porem, certamente o homem não escolheu, ter nascido. Ninguém pode obter por deixar de ser colocado neste mundo, e, no entanto, todos nos homens, querendo ou não aqui estamos.
E talvez este primeiro ato misterioso de nossa existência desperta em nós o questionamento fundamental: O que é o homem? Qual o sentido de sua vida. Estas perguntas perseguem o homem durante toda sua vida.
Hoje em dia é fácil admitir, como qualquer pensador ou cientista sério, que o homem é o fruto de evolução a partir de animais inferiores. Admitido este fato chegamos à conclusão que um determinado momento, por uma razão qualquer que não podemos determinar (provavelmente um grande choque) o homem se descobriu: a primeira questão que surgiu diante dele foi: Quem sou eu? Qual o sentido da minha vida? E este homem, foi o primeiro ser existente a sofrer a angustia e tensão. E através da história, desde o tempo das cavernas o ser humano vem se questionando a respeito do mistério de sua existência. Todos os homens, em alguma época da vida, pelo menos uma vez perguntaram a si mesmo: Quem sou eu?
O homem evoluiu, agrupou-se em sociedade, construiu grandes obras em tempo de paz, destruíram muitas através de armamentos, revelando sempre uma grande instabilidade. Um ser inacabado, inquieto e profundamente miserável, Ito é o homem, sempre criando novas necessidades e nunca se dando por satisfeito. Um cão ou cavalo come, dorme e é feliz: o homem é diferente; parece que, pela sua própria natureza, o homem está determinado a um progresso sem fim e que só o infinito pode saciar.
Mas ao mesmo tempo o homem, e só lê, está consciente de sua limitação e, sobretudo, de sua morte. Essas duas propriedades, desejo de infinito e consciência de sua limitação, produzem dentro do homem ema tensão em razão da qual ele aparece para si mesmo como um trágico enigma. Parece-lhe que existe para uma coisa que de modo algum pode alcançar. Qual é então o sentido (da vida) da sua existência?
Desde Platão os pensadores se esforçam para solucionar este enigma.
Podemos resumir em três as soluções que nos propõem.
A primeira afirma que a necessidade de infinito é satisfeita no homem pede identificação do mesmo com algo mais amplo, mais universal, e isto sem interessa-se por tanto, pelo o que acontece quando o homem encontra o homem, quando seres humanos formam grupo ou massa quando cooperam, lutam, domina-se uns aos outros, persuadem-se ou imitam-se, desenvolvem-se ou destroem culturas.
Com essa visão a sociologia nos mostra que o homem, enquanto ser social desde o nascimento é induzido a participar da sociedade, está acorrentado a ela e com isso transformando em seu membro. O processo pelo qual se realiza isso se chama socialização.
O homem socializado ao se defrontar com seus semelhantes realiza diversos tipos de relacionamento na medida e que participa de diversos grupos sociais, família escola religiosa, recreativo, etc.
Na base destas inter-relações está o relacionamento. Pessoa-pessoa: surge então a pergunta. De que maneira esta se dando este relacionamento? ABSOLUTO, MATÉRIA, OUTRO E EGO.
Sabemos que fundamentalmente o homem se relaciona nestas quatro (4) linhas. Com a matéria, com o outro, consigo mesmo e com absolto. Que qualidade tem seu relacionamento com o mundo material? O homem como já vimos possui uma dependência do mundo material. A partir de certa época este relacionamento começa a ser modificado parecendo-se uma dependência cada vez maior do homem a coisa e obstante a ponto de chegarmos esta década com um desequilíbrio neste relacionamento.
O homem passa de dominador a escravo da matéria. A moda, por exemplo, é um dos fatos que concorrem para esta realidade. Quantas pessoas deixam de ir a uma diversão por falta de roupas adequadas.
Quantos homens se acham incapaz de conquistar uma garota sem a ajuda de um carrão. A final onde colocarmos nossa personalidade? Entendemos como os outros quaisquer pessoa humana com o qual nos relacionamos. Maneiras pelas quais isso acontece, por exemplo, numa linha de conta e superficial onde a relação é de uso ou de troca de interesses, ou ainda numa simples relação de convívio social onde o que importa é mais aparecer do que ser.
Ai surge à pergunta, qual é a qualidade do meu relacionamento? Será que é um relacionamento onde a opção primária é pela pessoa humana? Entendida sesta como um histórico situado dentro de uma humanidade que também é histórica. E sento histórica é misterioso, ou seja, possui uma interioridade que lhe é característica e o difere de todas as outras pessoas.
Estes filósofos dizem que poço significa o sofrimento e as frustrações dos indivíduos; a sociedade, o universo continuará à sua perfeição. Parece-nos que esta solução e, vez de solucionar o enigma, nega os fatos mais incontestáveis, isto é, que homem individual deseja de si, como individuo, e não para os outros, o infinito. A lua da própria morte tal teoria aparece como um som oco e sem sentido.
A segunda solução; muita espalhada hoje em dia entre os existencialistas, afirma de seu lado, que o homem não trem sentido algum. É um erro da natureza, uma criatura falha, uma paixão inútil como pensa Sartre. O enigma da existência humana não pode ser resolvido; é um absurdo. Seremos eternamente uma questão trágica para nós mesmos. Outros filósofos seguindo Platão, não querendo tirar tal conclusão. Não acreditam num absurdo tão completo. Dizem que deve haver uma solução para o enigma do homem.
Em que pode consistir tal solução? Em que o homem pode alcançar de algum modo o infinito. Mas isto não é possível durante a vida neste mundo. Se, portanto, existe uma solução para o problema do homem, este deve se achar fora da natureza, fora do mundo. Mas como? A imortalidade da alma é demonstrável, segundo muitos filósofos depois de Platão; outros afirmam sem acreditar numa demonstração rigorosamente cientifica. Mas a imortalidade da alma não fornece tão pouco a resposta para a questão. Não é possível entrever de que modo o homem além do tumulo possa alcançar o infinito. Daqui, o homem só pode contemplar a escuridão, onde não há luz para a sua razão.
Eis a sina do homem? Pensar raciocinar, refletir para voltar sempre ao ponto angustiante: Quem seu eu? Que sentido tem a minha vida? E eu como me coloco diante disto? Pierre Teilhard de Chapim nos coloca como o Universo evolui em milhões de anos, até o surgimento do fenômeno humano, isto é o fato experimental da aparição, m nosso Universo, do poder de refletir e de pensar. Será que posso desprezar todo o esforço do aperfeiçoamento a que se submeteu o Universo?
Nos dias atais, parece haver uma fuga da responsabilidade de pensar e refletir. A final que deseja o homem; ser feliz? Seria a felicidade comer e dormir, ou estamos enganados a nós mesmos.
II – O HOMEM NO MUNDO. Mais do que nunca hoje a interdependência entre os homens é o motivo de estudo mais profundo por parte das Ciências Sociais. A sociologia como uma ciência social está preocupada fundamentalmente pelo estudo das relações do homem em grupo e do grupo em sociedade. E desta maneira não pode ser manifestada através de um relacionamento que não leve em conta as suas características próprias, e que por isso mesmo o deve ser realizada de uma maneira profunda. Passamos então a nos preocupar com o sujeito de todos estes tipos de relações, quanto ao relacionamento consigo mesmo. Aquele que o vai permitir a descoberta de seu próprio mistério e a partir desta descoberta verificará que o importante é ser mesmo sujeito e não objeto dos relacionamentos humanos. E ser alguém cociente de suas características intrínsecas, de seus papéis sociais. É ser alguém que se realiza a partir de uma compreensão do mundo, de si mesmo, do que está acontecendo consigo em quanto minúsculo ponto de cruzamento de sua biografia com a sociedade; é ser enfim alguém cociente da sua história.
A base de relacionamento das pessoas consiga mesma está no cotidiano questionar e questionar-se. Existe uma necessidade de transcendência de homem que se caracteriza durante a história por um relacionamento com o Absoluto que alguém chama de “Deus”, outros uma força criadora etc... Através de uma interiorização e de um abandono de si mesmo. A história prosseguirá mostrando o homem na procura permanente do que só pode encontrar se procurar realizar-se a si mesmo, pois por trás de todas as procuras, o homem incompleto procura o homem integral.
Reeditado em 14 de janeiro de 2.005. Geraldo Porci de Araújo

Nenhum comentário:

Postar um comentário