T-000021/REALISMO BRASILEIRO
Trabalho do Curso Técnico em Contabilidade
Colégio Comercial Estadual “Antonio de Castro Alves”
Em Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná, Brasil.
Professor de Português, Flavio Warken.
REALISMO BRASILEIRO: 1.870.
O realismo no Brasil foi condicionado por uma série de acontecimentos históricos, políticos, religiosos e econômicos. A partir de 1.850:
Abolição do Trafico de escravos; aumento da produção do café; o início da fundação e Companhia de Estaleiro da Ponta da Praia; Bancos de Créditos; Inauguração da 1ª, estrada de ferro; desenvolvimento da navegação; Telegrafia. O que mais abalou o país sob o ponto de vista social econômico e religioso foi a Guerra do Paraguai. Influenciou nos hábitos e atitudes de espírito da população pelas novas necessidades materiais, que sentindo a urgência de maiores capitais, reclama o aumento do meio circulante.
Surgiram assim a diferenciação de credos religiosos e a criação de problemas de ordem civil, como a regularização dos registros de nascimentos e óbitos dos não católicos. Religião entra em choque com o poder monárquico ocasionando várias dissensões entre os dois poderes. Outra ruptura foi à divergência entre o elemento civil e o militar: os militares estavam descontentes, pois, haviam participado da Guerra do Paraguai, enquanto os civis continuavam em sua comodidade e não se prestavam a atender as reivindicações militares. Após a Guerra reinicia-se a campanha abolicionista com diversas Leis a favor do escravo o que provocou enorme reação entre os senhores de escravos: isto provocou por outro lado grande surto de imigração.
O regime monárquico viu-se por outro lado às voltas com grandes dificuldades principalmente oriundas das forças religiosas, militar, política e econômica. A Corroa continua perdendo popularidade apesar de seus esforços. E o resultado foi à proclamação Republica que por sua vez ocasiona grande exaltação interna e externa. Surgiram em decorrência vários levantes de revoltas.
Este é em resumo do ambiente em que se desenvolveu a corrente literária chamada Realismo provocado pela renovação da mentalidade européia.
A mente humana devia se conduzir pelo espírito cientifico que, colocando-se no terreno dos fatos, tem como base os métodos da experimentação objetiva. O espírito escapa à nossa captação racional, o que nos leva a voltar às atenções para a natureza, para os fatos positivos. Estas idéias sacudiram os brasileiros, ainda presos os temas espiritualistas.
Os auditores brasileiros começavam a perceber que os processos românticos já estavam esgotados; o sentimentalismo começava a cansar, os temas se repetiam, a linguagem se descuidava, as concepções tornavam-se convencionais; enfim o romantismo perdia quase que a totalidade do seu vigor. Por influencia das idéias positivistas as letras orientavam-se para o mundo objetivo, para o mundo cientifico, onde a visão da realidade principalmente da natureza em seu aspecto aparente e da sociedade em suas lutas, era o motivo predileto dos autores.
O realismo começou a sentir-se primeiramente na poesia que se desdobrou em poesia cientifica e poesia social.
A divulgação intensa da nova escola começa com a “Guerra do Parnaso” através do diário do Rio de Janeiro “onde tomaram parte Teófilo Dia, Arthur Azevedo, Fontoura Xavier, Valentim Magalhães, Alberto de Oliveira e Tomás Alves Filho”. A Guerra do Parnaso consistia na digladiação dos Românticos com os Realistas.
Há de se notar que os realistas proferem temas regionais e citadinos, estudando aspectos patológicos das individualidades além de análise psicológica, substituindo assim os romances indianistas e históricos. O conto adquire maior expressão com Machado de Assis.
O distanciamento do fulcro subjetivo é a norma proposta ao escritor realista. A atitude de aceitação de existência tal qual ela se dá aos sentidos desdobra-se, na cultura, em planos diversos e complementares: no nível ideológico cristaliza-se no determinismo.
No nível estético resta ao escritor à relação da forma, a arte pela arte, que daria afinal um sentido e um valor à sua existência cercada por todos os lados. Théofilo Gutier: “Sou um homem para quem o muno exterior existe”. Realismo.
O subjetivismo impressionista foi substituído pela crueza da realidade.
Realismo é impessoal: baseia-se na observação psicológica, na vida comum.
O trivial sucedeu ao heróico, o objetivo ao subjetivo.
A linguagem mais enérgica; decaiu a descrição da natureza.
Soberania da natureza: negação da personalidade.
A ciência da natureza é a ciência da vida.
O exagero do realismo = Naturalismo.
O homem é um produto Físico-Químico.
REALISMO ESTÁTICO:
É uma atitude artística que se pode resumir em três princípios:
A – Intuir diretamente; b – criar uma obra de arte sobre um fato que teve ou tem existência real, quer seja esse fato do mundo físico, quer do mundo psicológico; c – procurar a máxima aproximação entre a obra de arte “imagem da realidade” e a realidade. Realidade estática é a preocupação de fazer da obra de arte um documento quanto possível fiel da realidade, o que equivale a dizer que é uma negação da fantasia, segundo nos ensina o professor Soares Amaro.
O realismo apresenta o problema: qual a relação entre o homem e o animal, e da natureza, e conclui: o é simples produto da natureza. Interesse pela sociedade e pelas Leis cientifica.
CONSEQÜÊNCIAS:
1 – Soberania da natureza negação da personalidade.
2 – A ciência da Natureza é a ciência da vida. O que foge à análise não pelo ser conhecido. O homem é resultado da sociedade.
3 – preocupação do objetivismo:
4 – Dá novo concepção à vida: expulsar o sentimentalismo romântico, afastar o seu dramalhão e impõe limites aos vôos e queixas.
O movimento realista foi uma revisão de valores: a razão e a inteligência reagem contra a criação. O escritor procura ausentar-se da obra é observador imprestável. Despido de qualquer sentimentalismo, e realista procura a vida em sua obra.
JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS “1.839 a 1.908”. CARACTESTICAS:
1 – O Inconformado: Complexo de inferioridade. Esconde sua procedência de baixa origem. Orgulhoso e absolutista “para si”, jovem xadrez.
2 – Humanista: humor, cético, ridiculariza, pessimista.
3 – Como contista é o Mestre Brasileiro, com “Missa do Galo”.
4 – Fundador da Academia Brasileira de Letras. ESTILO:
1 – romântico intelectual: comenta os fatos humanos; psicologia.
2 – não descreve a Natureza a paisagem interna humana.
3 – Originalidade era sua obsessão.
4 – Burila os escritos.
5 – Seus tipos são imperecíveis: suas opiniões concretizadas.
6 – Frases Curtas: escreve aos solavancos como fala.
Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná, Brasil. 24 de março de 1.975.
Reeditado em 17 de dezembro de 2.004.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário