quarta-feira, 22 de abril de 2009

MODERNISMO

T-000022/MODERNISMO: 1.915 – “Atualidade”
O século XX é a era do apogeu industrial, com formação da burguesia e do proletariado. O capitalismo se fixa, soberano; aumento da produção; crescimento do mercado; rivalidades; comerciais, corrida armamentista; conflitos. Inglaterra e Alemanha disputam o domínio do comércio industrial. Politicamente, na Europa, surgem, arrojadas, lutas de reivindicações proletárias; o mundo capitalista descriminado se conclui em providências desastrosas; nasce o fascismo em 1.919, e o nazismo em 1.933, que terminam em imperialismo absurdos.
A América Liberta-se do eixo econômico e político da Europa.
No campo social, fortalecem-se os sindicalistas de Inglaterra, França, e Itália.
O mundo agora é polarização de forças dos pobres contra os ricos, desde o Manifesto Comunista em 1.848. No terreno econômico surgem problemas insolúveis que culminam com a II, Grande Guerra Mundial.
O Brasil comparece no século XX, com movimentação desconhecida. A terra, muito ampla, os homens, muito bons, tudo fora sempre bastante calmaria: Independência, Abolição, República. O litoral, quase feliz, alimentando-se de cultura e conforto transitórios e enganosos, pequeno diante do sertão imenso, abandonado... Mas calmo. A campanha de Canudos de 1.902 foi indício de inquietação do sertanejo abandonado. Década de 1.920 e 1.930 nos faz compreender a impossibilidade de seguirmos com tradição e sentimento, o mundo europeu: ele nos iludia. Revolução, de 1.930 tão esperada, haveria de mostrar o malogro. O Integralismo surge, reflexo ditatorial europeu. Depois é a Revolução Constitucionalista de 1.932. O Estado Novo de 1.937. Volta as Leis em 1.945. São Paulo, com tudo. Isto é a Capital do dinheiro. Milhões de imigrantes, proletariado se politizado. Mal-estar social e econômico. Busca de soluções.
No fim do século XIX começa um mundo novo: invenções, máquinas, a questão operária “o trabalho e o capital”, religião e razão, ciência e fé... E homem novo quer libertar-se do passado. Antipassadismo é a primeira atitude.
Diante de alterações tão profundas e sérias, a posição da Literatura foi decidida: seria ela, então, o porta-voz das lutas que correriam em todas as outras manifestações humanas. Daí o caráter básico do Modernismo: o social. Artista é aquele que se confunde com o povo, sente-o, mas lutas e nos anseios, nas injustiças sociais e canseiras sem fim. Há de ele invocar o mundo o homem circula, auxiliando-o a viver fixando vida. Poeta ou prosador se identificará como humano, sondará a essência múltipla do homem e da natureza.
O Simbolismo exagerara a preocupação de arte pela arte, não conseguirá expressão em profundidade coletiva o que era sentido individualmente.
Era, portanto, necessário tornar escrever o drama com novas dimensões. Não compete ao artista interpretar tão somente o seu mundo, mas ser eco da sociedade e da luta que lhe move o individuo.
SEMANA DA ARTE MODERNA DE 1.922.
O Fato mais importante antes da Semana da Arte Moderna de 1.922 e que serviu de barômetro da opinião pública em face das novas tendências foi a Exposição da Anita Malfati em dezembro de 1.917. Quem lhe deu, paralelamente, certo relevo foi Monteiro Lobato que a criticou de modo injusto e virulento em um artigo intitulado “Paranóia ou Mistificação”. Anita Malfati trazia a novidade de elementos plásticos pós-impressionista (cubistas expressionistas). Que assinalara em sua viagem de estudos pela Alemanha e pelo Estados Unidos.
Defenderem-na, primeiro Oswald e, pouco depois, Menotti Del Pichia: Mário de Andrade esteve entre os admiradores da primeira hora.
O movimento renovador contou com a participação de pintores, escultores, músicos e escritores. Concertos, exposições e debates foram realizados. A reação dos observadores chegou ao tumulto e à vaia. Os jovens, contudo, souberam aproveitar-se positivamente desses aspectos negativos, vislumbrando claramente o panorama literário na qualidade de representantes de uma nova estética. Alem de escritores: pintores, escultores e o compositor Vila-Lobo. Combativismo de jovens modernistas sérvios como propaganda entre os que ainda não havia aderido ao movimento e acorriam, cada vez mais, novos elementos identificados com o espírito e os objetivos da Semana.
O ambiente estava preparado. Já se falara muito; discussões; destruições sistemáticas. Foi preparada a Semana da Arte Moderna: 13 de fevereiro de 1.922. Programa intenso: conferenciam (discurso de apresentação de Graça Aranha), declamações, concertos, exposição de arte plástica, tudo muito intenso e entusiasmado. O teatro centralizou a vida intelectual da cidade. Discussões, incompreensões, vaias ruidosas.

A NOVA ESCOLA.
A Arte Reflete a Sociedade. A atualização da arte é o modernismo. Futurismo: anarquismo das letras. Acabar com todas as tradições (Marinetti Fundou o futurismo italiano em 1.909) FUTURISMO
1 – Total desprezo ao sentimentalismo artístico tradicional.
2 – Dinamismos plásticos (representação visual simultânea).
3 – Amores ao cotidiano, à atualidade, à máquina, ao estilo rápido (uma palavra basta).
4 – Temas corriqueiros.
5 - Livre expressão literária para a imaginação desenfreada.
Em outros países também se manifestou este movimento renovador.
Arte é a representação aperfeiçoada da Natureza.
Modernismo: arte sensação representada. Começou no Brasil em 1.913 com Segall, Anita Malfati em 1.916 com expressionismo alemão. Semana da Arte Moderna: Graça Aranha em 1.922.
O modernismo eram contra os gramáticos.
Quais as fases ou movimentos pelos quais passou o Modernismo?
I – Fase: Anárquica: destruir com alarde. II – Construtiva:
PAU-BRASIL:
Tomada de posição primitivista – poesia de construção ingênua, descoberta do mundo, terra brasileira e da sensibilidade individual: Oswaldo de Andrade com Tarsila do Amaral e Paulo Prado.
Verde-Amarelismo: Opôs-se ao primitivismo, nacionalismo, achou que o movimento anterior era de inspiração francesa. Consistia em Nacionalizar o modernismo: Plínio Salgado, Menotti Del Pichia, Cassiano Ricardo. Em 1.926 com o mesmo ponto de vista, reforçado por posição política definida. Os mesmos autores do anterior.
Antropofagismo: Voltar ao Brasil primitivo, caipira, pau-brasil, em protesto contra a importação. Posição requintada no sentido mitológico, com verdadeira filosofia embrionária da cultura.Propunham uma atitude brasileira que devorasse os valores europeus com a finalidade de superar a civilização patriarcal e socialista. Mário de Andrade e Oswaldo Andrade.
Diversão dos modernistas, em grupo, conforme as regiões a que pertencia: Minas Gerais: Carlos Drumod de Andrade, João Aphonsus, Mário de Andrade etc.
Rio Grande do Sul: Raul Bopp Rui Cirne Lima, Augusto Myer e outros.
NO NORTE: Jorge de Lima (AL); Joaquim Enojos (PE); Luiz Câmara Cascudo (RN); José Américo de Almeida (PB); Gilberto Freire em Recife.
Rio e São Paulo: Agripino Grieco, Plínio Salgado, Alceu Amoroso Lima, Cassiano Ricardo.Geraldo Porci de Araújo
O mundo atual parece Candinho de concepções literárias. Muitas são revivessências das procedentes; outros, surtos ousados que procura sintonizar com os estonteantes progressos da era atômica, dos foguetes balísticos e dos veículos astrais. Ao lado do aspecto demolidor, traz algo de construtivo e renovador de velhos moldes.
Os métodos modernistas podem ser sintetizados:
1 – Abandono da sintaxe: sendo os substantivos distribuídos a esmo.
2 – Abolição do adjetivo: do advérbio, da pontuação e do uso das letras maiúsculas.
3 – Distribuição dos substantivos, sem devidas ligações conjuncionais, obedecendo apenas à seqüência que o autor tem em mente: ex: homem-torpedo; mulher-ressaca.
4 – A prosa deve ser instantânea, como se fossem fotografias ao vivo de idéias que devem surgir em bloco, pré-fabricadas, sem autocríticas, livres de qualquer preconceito de educação ou conveniências sociais.
Os corifeus do modernismo foram alvos de muitas criticas.
Linhas estéticas que unificava os Modernistas era o grande desejo de expressão livre e a tendência para transmitir, sem os embelezamentos tradicionais do academismo, emoção pessoal e a realidade.
Algumas inovações estilísticas foram: rejeição dos temas portugueses, buscando uma expressão mais coloquial, próximo do falar dos brasileiros. Passa a adotar novo vocabulário, sintaxe, escolha dos termos segundo a maneira dos artistas encarar o mundo. Iniciam as frases com pronome oblíquo. Acolhia expressões correntes, abandonou o uso da 2ª pessoa do singular, procuraram incorporar á escrita o ritmo das fala.
A valorização do prosaico e do bom humor lavou e purificou a atmosfera sobrecarregada dos acadêmicos. Tivemos uma extraordinária alegria criadora, dos modernistas não estavam alienados, mas perfeitamente integrados no seu tempo, uma vez que seu desejo principal foi o de ser atual em exprimir a vida diária, dar estado de literatura aos fatos da civilização moderna. Tomaram por temas as coisas cotidianas, descrevendo-as com palavras de todo dia. Estavam presentes os assuntos da atualidade.
Os modernistas tiveram também a proteção dos conservadores, pois, além de ser um movimento cultural, contendo assim o apoio de qualquer intelectual, os novos aliados como líder um nome ilustre como Graça Aranha, que deu um cunho importante o movimento que, ora se iniciavam, os conservadores desligaram-se quando os jovens se lançaram para a rebelião estética.
O que mais caracteriza a poesia moderna: cuidando com a forma? Apega ao lirismo? Liberdade expressão? Liberdade da Literatura?
O que mais caracteriza o movimento é a liberdade de expressão e de linguagem.
Os modernistas preferiam o verso livre porque sua flexibilidade permitia um registro sensível da realidade interior e exterior, ampliando as realidades expressivas.
A característica mais marcante da poesia da década a de 30 foi à introdução do humor na poesia, a través da ironia do paradoxo. Utilizando-o como instrumento de analise moral. Aproveitando das emoções e senso de complexidade do homem e do mundo. Entra para a fase mais séria.
Ficção regionalista nordestina vem a ser: possui um cunho religioso e social, voltando-se para os problemas como a condição e os costumes do trabalhador rural, a seca, a miséria.
Linguagem regional (nasce com Franklin Tavares - O Cabeleira).
Concepção: poesia como objeto concreto, inclusive visual depende da disposição.
1º - Aspecto visual do poema no papel.
2ª - valorização da palavra no sentido exato.
O regionalismo nordestino narra a sociedade nordestina, os problemas latifundiários e a luta do homem contra esses, os modernismo não entra em luta com nenhuma escola em particular, mas, comentam todas aquelas escolas comprometidas com os padrões do passado.
Tristão de Ataíde caracterizou a poesia moderna dando-lhe este traços:
1 – De cidade pequena: Se Fixa nos arrabaldes, morros e praias.
2 – Objetiva: Fixava o conto das ruas, as fazendas, os engenhos, as coisas exteriores e as impressões pessoais de seus autores.
3 – Emotiva: Revela saudade da infância, sentimentalismo e certa ingenuidade.
4 – Nacional: Que se evidencia na linguagem, nos temas, no temperamento, na finalidade.
5 – Musical: O ritmo dos versos á musicalmente sentido pelos autores, mesmo na fase da elaboração intelectual.Grupal: Refletindo três tendências básicas: Primitiva, Dinâmica e espiritualista. 7 – De caráter: Possuindo algo de mais pessoal. Geraldo Porci de Araújo.

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