T-000025/ESCOLA ROMÂNTICA – 1.825 A 1.870.
TRABALHO ESCOLAR, NO COLÉGIO COMERCIAL ESTADUAL.
“Antonio de Castro Alves” do Curso Técnico em Contabilidade, orientando pelo professor de Português, Flavio Warken. Foz do Iguaçu, 05 de março de 1.975. Foz do Iguaçu, 30 de abril de 1.975.
O Romantismo teve uma evolução lenta e oculta através do século XVIII. Teve suas origens na Inglaterra, Alemanha e França (divulgadora). INGLATERRA:
1 – Relevo de que o indivíduo com os direitos garantidos na sociedade.
2 – Assombro que causou ao mundo a revolução das obras de Shakespeare.
3 – Os poemas de Ossian, suposto bardo do século III, traduzidos ou inventados por James Macpherson de 1.736 a 1.796, com a simplicidade vocabular, melodia da frase, deixando uma fronteira entre o real e o imaginário.
ALEMANHA: 1 - Emmanuel Kent (filosofo), afirma que as leis da natureza existem apenas dentro de nós: nossa razão constrói o mundo da ciência servindo-se das aparências das coisas, formas da sensibilidade. Era a vitória do subjetivismo sobre o subjetivismo, do sentimento sobre a razão do classicismo.
2 – A luta de Lessing, reagindo contra a influencia francesa na tentativa de reviver o gênio nacional alemão atacando o teatro classista na sua obra Dramaturga de Hamburgo.
3 – Os contos medievais e lendas germânicas: Goethe e Klopstock. Goethe apresentou um personagem fraco, guiado pelos seus sentimentos, buscando a solução dos seus conflitos no suicídio. Os Sofrimentos do Jovem Werther.
FRANÇA: Idéias de Rousseau que defendia a tese da bondade primitiva do homem.
Conclusão: Estes movimentos determinam a direção do movimento romântico:
1 – O predomínio do sentimento de Kant.
2 – A explosão dos velhos. A exploração dos velhos temas nacionais. Goethe e Klopstock.
O Romantismo deu uma quebra nos princípios renascentistas: Opondo um temperamento: RELATIVISTA que buscava satisfação na natureza: EXTREMISTA que oscilava da maior exaltação á mais profunda angustia: SENTIMENTALISMO: Que caía num subjetivismo intenso, analisando os objetivos do mundo exterior como reproduções mentais do íntimo.
O Romântico é, portanto um individualismo em sua essência e um Idealista por índole. Mas isso não lhe trará soluções para seus conflitos da vida, porque é impossível amoldar o mundo ao indivíduo: Restam-lhe dois caminhos: A sublimação, pela fuga, ou o suicídio, largamente praticado nessa geração.
Escola literária surgida no início do século XIX como reação contra o classicismo, e inspirada nos ideais do nacionalismo e liberdade de forma, da idéia e do sentimento. Caracterizava-se pela exaltação do individualismo ou subjetivismo; que provocou a reação dos poetas condoreiros, pelo profundo sentimentalismo, exagerado pelos ultra-românticos, pelo culto das tradições nacionais e medievais, daí o nacionalismo e a religiosidade, pelo largo emprego das figuras de estilo pela adjetivação copiosa, pela cadência às vezes monótona dos verbos, combatida pelo parnasianismo, enfim pela ampla liberdade de forma e pelo conseqüente repúdio das regras e formas consagradas.
NA EUROPA: Reação contra a era clássica. Reação contra a mitologia greco-romana. O Romantismo voltou-se para a Idade Média, buscando nela elementos para assuntos de composições literárias. Os europeus voltaram-se novamente para a vida nacional.
EM PORTUGAL: Inicia em 1.825 e termina em 12.865, com a fundação da Sociedade do Reio e a questão Coimbra. O Romantismo desenvolveu-se paralelamente com a Revolução Francesa, marco da liberdade política do homem. E sempre foi, a Arte, detentora e propulsionadora dos mais alevantados idéias humanos. O Romantismo pode ser comprado à Renascença e ao Cristianismo pela profunda e complexa transformação espiritual. A renovação literária foi um dos aspectos que revestiu essa transformação dos espíritos.
Sabe-se que o Classicismo possuía um principio estético inflexível para cada gênero, ao contrário do Romantismo que se rebela contra estas normas. É a repulsa a qualquer idéia de constrangimento literário.
O Romantismo não se interessa por assuntos de menor importância, mas sim, pelos temas de maior relevo. É um movimento literário que se dirige para o povo de características nacionais e folclóricas.
Foi sem dúvida a presença de Herculano e de Garret, frente à literatura, que apressou a implantação do romantismo em Portugal. Os poemas do segundo, Camões e D. Branca, marcam o início da fase romântica lusitana.
Os princípios do romantismo de Portugal podem ser sintetizados da seguinte forma:
1 – Liberdade política. 2 – Liberdade de expressa. 3 – Liberdade de pensamento. 4 – Liberdade de técnicas quanto à forma exterior da obra de arte. 5 – Liberdade religiosa para combater o fanatismo. 6 – Finalmente buscava o ideal do tipo coletivo, procurando soluções aos problemas sociais. NO BRASIL.
O Romantismo no Brasil foi o desfecho de uma lenta evolução do pensamento nacional, através de um crescente desejo de independência política e cultural, apresentado por vários acontecimentos históricos.
A vinda da família real portuguesa para a colônia, fugida à pressão francesa.
Por outro lado, o grupo mineiro já tinha muitas idéias francamente nacionalistas e, não conseguiu liberta-se literalmente do pensamento português, é que a educação lusitana de seus autores atuava ainda com muita insistência sobre cada um deles.
Uma infância mais imediata e profunda exerceu o grupo do Rio de Janeiro com obras sobre o comércio discursos parlamentares.
Estava o solo preparado para implantar as idéias românticas, amoldando-as a necessidade brasileira. Como marco historio, temos o ano de 1.836, em que Domingo José Gonçalves de Magalhães publica, em Paris, os seus suspiros poéticos e saudades, em cujo prefacio anuncia as tendências da nova escola.
Há três momentos em nosso romantismo:
I – Primeiro Momento: Reação negativa, posse da terra, ânsia de traduzir o Brasil. É representada pelos escritores que trouxeram o indianismo: Gonçalves Dias e José de Alencar. Tomamos consciência de nossa característica de povo: movimento de exteriorização mais objetiva:
Apresentar a Paisagem Brasileira.
II – Segundo Momento: Reconcentração do espírito, que provocou a interiorização do sentimento. Voltado para si mesmo, traduzir o próprio mundo interior. É o grupo de Álvares de Azevedo e seus companheiros.
III - Terceiro: Momento: Sentido de humanização. Castro Alves e a poesia social. Preocupação com o sofrimento alheio. Afirmação dos sentimentos humanos.
O romantismo no Brasil coincide com a nossa emancipação política. Sacudimos junto português de governo e de letras.
O Brasil não possuía Idade Media e mesmo não tínhamos tradição cultural para invocá-la, nós começamos, pela primeira vez, a nos cercar de todo brasileiro,
O romantismo trouxe-nos o sentimento e o despertar nacionalista.
Volta para nossa terra, e nossa gente, nossa sociedade, paixão, virtudes e vícios. Trocamos o modelo Portugal por Fraca. França é que nos remetia receitas.
O Indianismo: é feição própria do nosso romantismo.
Os adeptos do romantismo brasileiro temeram várias atitudes e artificialismos Cabeleira Longa. A Palidez da pele, Olhar Perdido. A vida Desregrada.
Em breve a Atitude Romântica dominou todas as manifestações da vida.
A filosofia do romantismo é uma reação contra o classicismo, e inspirada nas idéias de nacionalismo e liberdade da forma, da idéia e do sentimento. Caracterizou-se pela exaltação do individualismo e subjetivismo. Libertação do mundo interior, com a primazia da emoção e da imaginação, da paixão e da intuição. O Escapismo: fuga para ou mundo em que possa realizar os seus objetivos de sonho exaltado. Com o Romantismo inicia realmente a Literatura Brasileira com todo o seu vigor quando José de Alencar introduziu em seus romances os seguintes elementos: a - O Cenário Brasileiro; b – O homem Brasileiro; c – Sentimento Brasileiro. Assim apresentavam a Paisagem da Terra; O Indianismo. 1 – Liberdade de composição; o artista não há de prender a modelo e regras (é a presença do Individualismo) 2 – Preocupação com a terra e o homem; é a presença de nacionalismo. 3 – A Busca do sono, devaneio, da ternura, lágrima do emotivo, simples; é a presença do sentimentalismo. Fonte: Enciclopédia Barsa
Reeditado em 15 de janeiro de 2.005
Geraldo Porci de Araújo.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
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