quarta-feira, 22 de abril de 2009

PARNASIANO

T-000017/PARNASIANISMO
FONTE: ENCICLOPEDIA BARSA.
Professor de Português, Flavio Warken.
No Colégio Comercial Estadual “Antonio de Castro Alves”
Em Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná, Brasil.
Em 19 de fevereiro de 1.975
O Parnasianismo procura a excelência da forma, a pureza do estilo, a inspiração na história, de tal forma que a poesia se torne em grande parte, fria, impassível, descritiva e impessoal.
O Parnasianismo de origem francesa (Leconte Lislo), suas primeiras manifestações datam de 1.866, quando um editor parisiense publica uma coletânea de poesias, intitulada “Paenasse Conteporanin”: em 1.871 e 1.876, saem outras duas coletânea, Reagindo contra o sentimentalismo romântico, os poetas parnasianos pregam o principio da Arte pela Arte, isso é, defender uma arte que não servia a nada e a ninguém, uma arte inútil, uma arte voltada para si própria. A arte procuraria a Beleza e a Verdade que existiriam nos seres visíveis e concretos, e não no sentimento do artista. Por isso, o belo se confundiria com a forma que o reveste, e não com algo que existiria dentro dele. Daí vem que os parnasianos sejam formalistas e preguem o cuidado da forma art6istica como exigência preliminar. Para consegui-lo, defendem uma atitude de impassibilidade diante das coisas: não se emocionar jamais: antes, impessoalizar-se tanto quanto possíveis pela descrição dos objetos, vias de regra inertes ou obedientes aos movimentos próprios da natureza (o fluxo o refluxo das ondas do mar, vôo dos pássaros, etc.). Esteticistas, portanto, anseiam uma arte universal, contrariamente ao personalismo romântico. Por via desse repúdio ao subjetivismo, retomam o culto dos clássicos greco-latinos, seja enquanto culto do estilo, seja enquanto modo de encarar a realidade, inclusive com notas de sensualismo epicurista e uma concepção meio pagã da mulher. Como é fácil de ver, trata-se de um programa que tentam por em prática sem muito êxito, o quanto e alcançam, perpetuam má poesia impassibilidade parnasiana atenta contra a característica fundamental da Arte, que é ser uma visão intuitiva, logo emotiva, e pessoal, da realidade. Em toda à parte, observa-se osso contra-senso íntimo do Parnasianismo.
Em Portugal tentou-se introduzir o movimento parnasiano: certamente impregnou a línguas, poéticas, exerceu influência, mas não passa de prurido, que pouco alterou o ritmo literário do tempo. Representantes portugueses: Começava Crespo. O Conde de Monsaraz e Júlio Dantas.
NO BRASIL.
As primeiras às manifestações contra a Escola Romântica se fazem de início na poesia, como repúdio ao sentimentalismo romântico e como busca de expressão social arranjada, iniciando a chamada “Batalha do Parnaso” que preconizava uma idéia nova onde teria lugar vivência fraterna baseada no socialismo utópico e em sonhos de justiça. Esta manifestação surgida em 1.878 foi antes uma articulação do que propriamente uma realização de princípios. As novidades pregadas ligavam-se ao uso de um tom exacerbado dos sentimentos, ao aproveitamento dos temas científicos e filosóficos, tais como a evolução, a visão da história, a luta pela vida, tudo isto baseado numa ideologia progressista. A descrição objetiva da realidade em contraposição às visões ideais dos românticos foi um dos pontos mais importantes dentro da nova escola.
Contudo esta corrente, apesar de manifestar rigoroso sentimento anti-romântico, é ainda romântica. Somente em 1.880, começa a aparecer o elemento diferenciador, o timbre novo que caracterizará a nova escola: o culto da forma conhecida como parnasianismo. A partir de 1.883 a nova tendência se firma em bases sólidas e indestrutíveis com um triunfo rápido, contando entre nós, com jovens como: Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac.
A união da arte e ciência: renunciando ao lirismo, a poesia deve voltar-se para o passado, entrando ao mesmo tempo na vida inteligente da época, a vida da ciência e da filosofia positiva. “A arte e a ciência longamente separadas em conseqüência de esforços divergentes da inteligência devem atendera sua estreita união".
O culto da beleza: hostil aos arroubes do lirismo romântico e da sua fraqueza Leconte atribui a arte a mais alta missão: realizar a beleza. Assim afirma que a arte é um “lixo internacional” reservando a uma elite, independente da verdade, da utilidade e da moral, não tendo senão um objetivo: o belo.
A liderança da arte: por natureza a arte é desinteressada, não se deve por tentativa propor nenhum fim útil, ela, contem seu próprio fim. Assim ela deve permanecer independente da moral e da política: para ser pura ela deve desconfiar do sentimentalismo, preferindo às emoções as sensações e impressões.
A beleza: o artista não conhece senão um culto, o da beleza, só ela é eterna. Não tendo outro fim senão a beleza, a poesia se ligará às artes plásticas.
A técnica: para se conseguir a beleza o artista não deve negligenciar nada, não deve deixar nada ao acaso. O trabalho da forma, as pesquisas técnicas, torna-se essenciais, banindo toda facilidade. No Brasil, o Movimento adotou e desenvolveu o metro alexandrino, a exemplo, silabas dos autores franceses. Deixado de lado às forças com oitavas e décimas de redondilhas; passarem a usar também as composições de metro alternado, não apenas versos de dez, seis, ou sete silabam mais ainda metros menores que permitiam arabescos plásticos. A restauração de velhas formas regulares, algumas de origem medieval como am balada, o tioló sexitina e o canto real, foi uma das características da escola parnasiana no Brasil. A forma poética mais usada foi o soneto quase abandonado pelos românticos. No que se refere à língua procuram uma apresentação gramatical que chegou às vezes ao pedantismo, CARACTERÍSTICA. usado do tom acadêmico e professoral onde foi empregado excessivamente o vocabulário das artes plásticas. Indo mais longe, e acentuando a busca de elegância e requinte formal, comparam-se na minúcia descritiva dos objetos raros: pomos de espada, taças, adereços: Tu, artistas, com, zelo, Esmerilha e investiga.
A par desta tendência de imitação, os nossos poetas aproveitaram temas tradicionais do lirismo de língua portuguesa, tais como a magia, am dúvida, a aspiração o triunfo amoroso. Como obrigação da estética quase todos os autores cantaram a Antiguidade Greco-romana. Aplicaram também a mesma arte na evocação de cenas da nossa vida. De Raimundo Correia
PARNASIANISMO.
Poetas parnasianos: Afonso Celso; Luis Guimarães Junior; Luis Delfino; Teófilo Dias; Alberto de Oliveira; Olavo Bilac; Raimundo Correia; Vicente de Carvalho; Emílio de Meneses; Francisca Júlia; Amadeu Amaral; Olegário Maciel Augusto dos Anjos, etc.
O realismo em relação à poesia. Perfeição está na forma. Correção absoluta da engajem. É uma reação contra o subjetivismo exagerado dos românticos e contra o desleixo da forma. Comediante tem limitação no emprego de figura de ornamento.
Música nos versos, adquirida, principalmente na variedade de vogais.
EXIGE A NOVA ESCOLA.
1 - Impassibilidade: nada de emoção, pintar e não sentir.
2 – Refinado esmero de linguagem.
3 – Somente reabilitado; predileção pelos versos alexandrinos.
4 – Objetivismo na composição.
5 – Tendência para os tremas Greco-Latinos.
6 – Abandono de personalismo exaustivo.
7 – Busca de novos ritmos daí a riqueza vocabular, a variação de vogais, e rima rica, a condenação do hiato.
8 – No Brasil o parnasianismo começou com Afonso Celso e Luis Guimarães em 1.872.
Reeditado em 20 de dezembro de 2.004. Geraldo Porci de Araújo.

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